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Tribunal do Júri condena casal Nardoni por assassinato

Alexandre Nardoni e sua esposa Anna Carolina Jatobá foram considerados culpados e condenados pelo Tribunal do Júri, na madrugada deste sábado (27), pela morte da menina Isabela Nardoni, de 5 anos, assassinada em março de 2008. A sentença foi proferida pelo juiz Maurício Fossen, no Fórum de Santana, na capital paulista.

Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e dez dias de prisão por homicídio triplamente qualificado de vítima com menos 14 anos de idade. Pelos mesmos motivos, Anna Carolina Jatobá ficará reclusa por 26 anos e oito meses. A pena maior a Alexandre se deve ao fato de ele ser pai de Isabella.

Ambos seguirão detidos em regime fechado na penitenciária de Tremembé, no interior do estado, onde estavam presos desde que foram apontados como principais suspeitos pelo crime. Os quase dois anos atrás das grades serão abatidos da pena determinada pelo tribunal.

Algemados durante toda a leitura da sentença, os réus se comportaram de forma distinta ao ouvir a sentença, determinada pela decisão de sete jurados (quatro homens e três mulheres). Anna Carolina ensaiava chorar e o pai de Isabella adotou a postura fria presente durante todos os dias de audiências.

O promotor Francisco Cembranelli, após o final do julgamento, disse que apesar de a defesa ter recorrido à sentença, a pena aplicada não deve mudar.

Durante entrevista coletiva, ele elogiou a atuação da polícia científica dizendo que o trabalho foi muito relevante durante todo o júri.

Cembranelli também avaliou que "a compreensão do júri sobre o crime foi bastante precisa" e considerou que a pena aplicada ao casal foi "adequada".

Cembranelli elogiou o advogado de defesa dos Nardoni e disse que o seu colega abrilhantou ainda mais a vitória da promotoria. "A defesa fez o seu papel, tentou fazer o que lhe cabia".

Insatisfeito com a decisão dos jurados e com a pena elaborada pelo juiz Maurício Fossen, o advogado de defesa, Roberto Podval, já recorreu da decisão. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, no entanto, vão aguardar o recurso na prisão.

Muito abalado, Podval não quis sequer dar entrevistas, após o resultado do julgamento:

"O brilho da noite é do Cembranelli", declarou o defensor, em referência ao promotor Francisco Cembranelli, responsável pela acusação.

Da redação, com agências