Atentados no metrô de Moscou matam 36 pessoas

Vladímir Márkin, porta-voz do Comitê de Investigação da Procuradoria da Rússia, afirmou que a primeira explosão, na estação Lubianka, próxima da sede da Agência Federal de Segurança (antigo Comitê de Defesa Estatal – KGB) causou a morte de 23 pessoas e ferimentos em outras 18.

A segunda, que aconteceu 45 minutos depois, na mesma linha e na estação Park Kulturi (Parque das Culturas), matou 12 pessoas e feriu 15.

Porém, o Ministério de Emergências da Rússia, MChS, informou que a explosão na última estação matou 12 pessoas e deixou 20 feridos.

Segundo dados preliminares, os atentado foram cometidos por duas mulheres suicidas, que levavam cinturões com bombas atados aos seus corpos.

A primeira explosão ocorreu por volta das 8h39 locais no quinto vagão do trem que estacionava na estação Lubianka, no momento em que abria as portas. As bombas detonadas não tinham estilhaços. Os especialistas avaliam a potência das explosões em 1 a 2 quilogramas de trilita, ou ciclonita.

O porta-voz Márkin também revelou que entre os 72 feridos não havia nenhuma criança.

Mais de 70 feridos

Setenta e duas pessoas feridas pelas explosões no metrô de Moscou se encontram internadas nos hospitais da cidade, informou o Ministério da Saúde e Desenvolvimento Social russo.

O ministério informou anteriormente que 63 pessoas estavam feridas.

Venezuela expressa solidariedade

O governo venezuelano condenou "energicamente" os atentados terroristas, qualificando-os de "atos de barbárie", e expressou sua solidariedade com o povo russo.

"O governo da República Bolivariana da Venezuela, após conhecer a gravidade dos acontecimentos na Federação da Rússia, condena energicamente os atentados terroristas" cometidos em duas estações do metrô de Moscou, destaca a nota emitida pela chancelaria venezuelana.

A nota assinala que o presidente Hugo Chávez "manifesta seu mais profundo pesar pela perda de dezenas de vidas inocentes e dirige sua mensagem de condolências aos familiares das vítimas, estendendo-a a todos os afetados por tão repudiável ato de barbárie".

Ban Ki-moon

Em nota divulgada nesta segunda-feira por uma dos porta-vozes da secretaria geral da ONU, Ban Ki-moon lamentou o atentado no metrô moscovita.

"O secretário-geral condena o duplo atentado suicida no metrô de Moscou desta manhã, que causou a trágica perda de muitas vidas inocentes e ferimentos a outras pessoas", disse em comunicado o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.

Ainda segundo Nesirky, Ban confia que as autoridades russas levarão os responsáveis por "estes atrozes atentados terroristas" aos tribunais.

Obama envia condolências

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou nesta segunda-feira para o presidente russo para expressar suas condolências às vítimas dos atentados, de acordo com a assessoria de imprensa do Kremlin.

O chefe da Casa Branca enviou anteriormente uma mensagem de apoio e condolências a seu colega russo.

Da redação, com agências