Poder Público deve assumir a gestão da saúde em São Paulo

Nesta quarta-feira, dia 7 de abril, data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde O vereador Jamil Murad protestou, durante ato público em frente à Câmara Municipal, contra o poder concedido pela prefeitura às Organizações Sociais que prestam serviços de saúde em São Paulo.

“Assim como o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias por Portugal, o poder público em São Paulo parece ter dividido a cidade para entregar o dinheiro público a organizações que agem contra o interesse do povo”, denunciou Jamil.

Segundo ele, o poder público pode contratar parceiros mas as diretrizes da prestação de serviços precisa estar sob o comando da secretaria municipal de saúde. “O que acontece hoje é que o poder público entrega o dinheiro e a OS usa como quer”, afirmou o vereador.

SUS
Jamil lembrou aos participantes do ato que sem um Sistema Único de Saúde (SUS) forte a população não tem qualidade de vida. “Neste meu primeiro ano como vereador e membro da comissão de saúde da câmara tenho lutado por uma rede pública de saúde eficiente e democrática em que os conselheiros de saúde sejam ouvidos”, disse.

Ele também condenou a falta de disposição da prefeitura para o diálogo com a sociedade. “A conferência de saúde, instrumento importante, ainda não aconteceu. São compromissos assumidos pelo prefeito que está passando por cima do próprio juramento e pela legislação”, avaliou o vereador.

O parlamentar lembrou que não foi feita nenhuma obra dos três hospitais prometidos durante a campanha à reeleição de Kassab. “Estavam previstos 30 milhões para gastar com cada hospital mas esse dinheiro foi gasto com outras coisas mas não houve uma obra iniciada do que foi prometido”, lembrou.

Jamil continuou dizendo que o congelamento de verba, a privatização da saúde, o descumprimento de promessas e a falta de diálogo com os conselheiros de saúde têm marcado a gestão municipal. “Esse consórcio PSDB/DEM não tem feito bem para São Paulo."