Índice da FGV também sugere que inflação é pior para mais pobres
A inflação continua castigando em maior medidas as famílias brasileiras mais pobres, a julgar pelas informações divulgadas nesta segunda-feira (12) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Publicado 12/04/2010 19:12
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) da FGV apresentou alta de 1,40% em março, acima da taxa de 0,9% apurada em fevereiro. Com isso, o indicador calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de um a 2,5 salários mínimos mensais acumula alta de 3,66% no ano e 6% nos últimos 12 meses.
Isto significa um corte de razoáveis proporções no já minguado poder aquisitivo das famílias de mais baixa renda. De acordo com a FGV, o grupo que mais pressionou a inflação da baixa renda foi Alimentação, que passou de 1,41% em fevereiro para 3,31% no mês passado. Entre os produtos que tiveram aumentos estão feijão carioquinha (0,27% para 8,46%) e tomate (33,47% para 47,85%).
Em março, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-BR) registrou variação de 0,86%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 5,17%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1. A evolução dos preços de produtos agrícolas reflete também o efeito das perturbações climáticas sobre as colheitas, é um fator sazonal que, a julgar pela opinião de muitos economistas, não deve durar muito tempo.
Da redação, com agências