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Câmara adia votação do reajuste de aposentadorias

Os aposentados vão ter que esperar até o próximo de 27, quando está prevista a retomada da discussão e votação da Medida Provisória que reajuste as aposentadorias acima de um salário mínimo. As lideranças da Câmara e do Senado não chegaram a um acordo sobre o índice e a matéria não foi votada nesta quarta-feira (14) como estava previsto.

A Medida Provisória estabelece um aumento de 6,14%, mas, na semana passada, deputados e senadores governistas e representantes dos aposentados negociaram um índice de 7,7%. O líder do governo na Câmara e também relator da MP, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), não participou do acordo e anunciou que o seu relatório estabelecerá um reajuste de 7%, limite máximo de comprometimento orçamentário do governo.

"Peço que os líderes reflitam, pois o relatório que apresentarei é favorável a um índice de 7% e recusarei todas as emendas com índice superior", afirmou Vaccarezza em discurso no plenário. Ele conclamou todos os deputados da base aliada ao governo a votarem pelos 7%.

O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) disse que os líderes definiram um índice de 7,7%. E, segundo o vice-líder do PDT Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), se o governo insistir nos 7%, será derrotado. Vaccarezza afirmou, porém, que, caso o Congresso aprove os 7,7%, "só restará ao presidente Lula vetar o reajuste".

O líder do governo lembrou que um reajuste de 16,66% aprovado em 2006 para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo foi vetado por Lula em plena campanha pela reeleição, por causa da inviabilidade do aumento.

Com Agência Câmara