Líder vê governo receoso na votação do reajuste dos aposentados
O líder do Bloco de Esquerda (PSB-PCdoB-PMN-PRB) na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida (PCdoB-BA), diz que o governo está receoso em aceitar a proposta de reajuste de 7,7% no salário dos aposentados que ganham acima do mínimo. Para ele, o temor é que, se houver concordância, o índice pode ser elevado durante a votação no Congresso no próximo dia 27. Por isso, o líder do governo e relator da matéria, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), insiste em manter o teto em 7%.
Publicado 15/04/2010 18:12
No Senado, por exemplo, a liderança do DEM já avisou que vai propor um reajuste de 10%, proposta que tem como único objetivo dificultar a vida do governo em ano eleitoral.
A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (COAB), as centrais sindicais e as principais lideranças partidárias na Câmara e no Senado já fecharam um acordo a favor do reajuste de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008, o que representa 7,7%.
“Tenho muita esperança que o governo se sensibilize sobre esse grande consenso que se alcançou. Essa é minha expectativa. Espero que até o dia 27 cheguemos a esse entendimento, porque o principal medo do governo é que ele aceite um número e na votação ele seja elevado”, argumentou Daniel Almeida.
Na opinião dele, a proposta de 7,7% alcançou um consenso amplo entre os diversos setores da Câmara e da sociedade, por isso esse “medo do governo deixa de existir”.
Caso o governo não aceite a proposta, o líder do Bloco de Esquerda acredita que o Congresso vai aprová-la. Dessa forma, ele diz que a opção será vetar. “Não acho que será um bom negócio chegar a esse conflito e muito menos vetar”, avaliou.
Da Sucursal de Brasília,
Iram Alfaia