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Terremoto na China apressa viagem de retorno de Hu Jintao

O número de mortos no terremoto que abalou a província de Yushu, na província chinesa de Qinghai, já chega a 760. Segundo a agência Xinhua, ainda há 243 pessoas desaparecidas e o número de feridos é de pelo menos 11.477.

Mais de sete mil homens trabalham nas equipes de resgate, enquanto caravanas de caminhões transportam alimentos e remédios aos sobreviventes.

Após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, o presidente da China, Hu Jintao, decidiu nesta quinta-feira (15) encurtar sua visita à América Latina e apressar o retorno a Pequim para acompanhar de perto os trabalhos de resgate em Yushu.

A cidade de Jiegu (Gyegu, em tibetano), com uma população de 100 mil pessoas e sede do governo do distrito, é uma das áreas mais prejudicadas pelo terremoto, que feriu dez mil pessoas.

"Muita gente segue debaixo dos escombros das casas derrubadas no povoado Gyegu", explicou Huang Limin, subsecretário-geral do governo provincial à agência de notícias Xinhua.

O terremoto principal, de magnitude 7,1 na escala Richter (segundo especialistas chineses), aconteceu às 7h49 (20h49 de terça, em Brasília) e teve epicentro a 33 quilômetros de profundidade.

Qinghai, habitada por tibetanos, mongóis, hui (muçulmanos) e chineses da etnia majoritária han, foi uma das zonas devastadas pelo terremoto que, em maio de 2008, sacudiu o norte da província vizinha de Sichuan, que deixou cerca de 90 mil mortos e desaparecidos.

Desabrigados

Em Yushu, na província de Qinghai, muitas pessoas buscaram abrigo em prédios que permaneceram em pé após o tremor. No pátio do Comitê de Esportes de Yushu, cerca de mil pessoas estavam sentadas ou deitadas no chão em meio à completa escuridão.

Algumas se protegiam com panos retirados dos escombros, enroladas em cobertores, deitadas em colchonetes finos no chão com caixas de papelão servindo de travesseiro. Algumas montaram barracas e outras ligaram as lanternas de motos. Outros entraram em carros danificados pelos tremores, cobrindo os buracos com pedaços de plástico.

“Estou com fome e sede, estamos esperando por ajuda desde a manhã", disse Zhaxi Toinzhub à Xinhua. Ela disse que seus três filhos ainda estão sob os escombros.

Da redação, com agências