Bancários denunciam assédio moral em agência do Bradesco na Bahia

Uma funcionária, que não quis se identificar, comentou que a direção do Bradesco demorou para tomar uma atitude, pois já tem dois meses que a denúncia foi feita pelos funcionários. Além disso, ela espera que a situação melhore após a atuação do Sindicato.

Segundo o presidente do SBBA, Euclides Fagundes, a entidade já entrou em contato com a direção do Bradesco em São Paulo, que informou que está avaliando o caso. “O Sindicato está atento e, caso o problema não seja resolvido, novas manifestações podem acontecer na agência. Não podemos aceitar a prática de assédio moral no local de trabalho. Isso acaba adoecendo os bancários e prejudicando o atendimento ao cliente”, ressaltou.

Esta não é a primeira denúncia de assédio moral em agências do Bradesco que chega ao Sindicato dos Bancários. Em agosto do ano passado, o banco foi condenado pela Justiça do Trabalho por este problema. A sentença obrigava a empresa a veicular uma campanha na mídia durante seis meses, esclarecendo sobre os males ocasionados pelo assédio moral e as medidas que podem ser implementadas pelas empresas para evitar ou distinguir a prática do assédio no âmbito da iniciativa privada. A ação foi do Ministério Público do Trabalho em apuração de denúncias feitas pelo Sindicato dos Bancários da Bahia.

“O tempo passou e parece que o Bradesco não aprendeu a lição. Não entendemos como um banco que lucrou R$ 2,103 bilhões no primeiro trimestre do ano insiste em desrespeitar os funcionários, que são os principais responsáveis pelos seus ganhos. Vamos continuar denunciando o assédio moral, que não acontece apenas no Bradesco, mas praticamente em todos os bancos. Já produzimos uma cartilha sobre o tema e fazemos campanhas constantes para que o bancário denuncie esta prática”, enfatiza o diretor de Comunicação do SBBA, Adelmo Assis.

De Salvador,
Eliane Costa