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Chávez: ausência do presidente de Honduras em cúpula é "vitória"

Em sua coluna semanal de artigos "As linhas de Chávez", o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, considerou neste domingo (9) "uma vitória" da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) a ausência do hondurenho Porfirio Lobo na Cúpula UE-América Latina e Caribe. O encontro acontecerá na capital da Espanha entre os próximos dias 15 e 19.

"A maioria dos países do bloco sul-americano se posicionou contra o continuísmo ditatorial em Honduras e obtivemos uma grande vitória política: impedimos que Porfirio Lobo participe da Cúpula da América Latina", escereveu o presidente venezuelano.

Eleito em um pleito realizado no último ano sob o regime golpista que retirou do poder o então líder constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, Lobo desistiu de participar do encontro com os chefes de Governo da América Latina na última semana. Ele anunciou sua decisão após a Unasul expressar repúdio à sua presença e ameaçar não assistir ao evento, já que grande parte dos 12 países-membros do grupo sul-americano não o reconhece como presidente legítimo.

Segundo o chanceler hondurenho, Mario Canahuati, o presidente viajará a Madri — mas comparecerá apenas ao encontro das delegações de América Central e União Europeia. Para Chávez, essa posição demonstra que a Unasul saiu "notavelmente fortalecida" de sua última reunião, que na terça-feira passada reuniu os mandatários da região na Argentina e elegeu o ex-presidente argentino Néstor Kirchner como secretário-geral do bloco.

Sobre Kirchner, Chávez recordou que ele "não só é um dos fundadores da Unasul — mas também um dos líderes políticos que faz parte da mudança sul-americana". "Sabemos que Néstor trabalhará incansavelmente pela retomada política de nosso organismo", complementou.

Kirchner foi eleito com o consenso de todos os membros do grupo, incluindo o Uruguai — país que o havia vetado anteriormente, devido a um conflito diplomático. A Unasul é formada por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Guiana, Paraguai, Uruguai, Equador, Venezuela, Suriname, Peru e Colômbia. Apenas estes dois últimos anunciaram reconhecimento ao governo de Porfirio Lobo.

Da Redação, com informalções da Ansa Latina