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Governo da Bolívia avança em diálogo com trabalhadores

Após mais de 14 dias de protestos, o governo central e representantes de agricultores organizam, a partir desta terça (11), uma mesa de diálogo com produtores locais. O encontro, junto à Central Obrera Boliviana (COB), debate sobre a proposta do Executivo de aumento salarial de 5% em 2010. 

Pedro Montes, dirigente da COB, anunciou que as propostas do governo, em materia salarial e sobre a Lei de Pensões, serão levadas para consulta aos trabalhadores em uma reunião ampliada extraordinária.

Montes acrescentou que acatarão a medida, mas que, em distritos como Cochabamba, Tarija e Santa Cruz, o tema ainda está sujeito à análise. Em Potosí, onde a COB antecipou que a greve seria total a partir desta terça, o panorama se mantinha incerto, enquanto trabalhadores e governo negociavam na vice-presidência.

O presidente da Bolívia felicitou, nesta terça, os trabalhadores que não aderiram aos protestos. "Não há nenhuma greve geral indefinida, felicidades aos parceiros trabalhadores", afirmou em referência à débil mobilização iniciada ontem, que busca um reajuste salarial maior.

A manifestação não alterou as atividades no país nesta segunda-feira, e só foi apoiada por cerca de 300 pessoas em uma localidade próxima a La Paz. Morales saudou os professores que não acataram a medida e respeitaram o direito dos funcionários das escolas de educarem nos prazos e condições estabelecidas por lei.

"Gostaríamos que todos os professores fossem responsáveis não somente com o tema da educação, mas também com a Pátria; saúdo a esses professores", assinalou. Morales reiterou que, em seu primeiro governo, entre 2006 e 2010, o salário dos trabalhadores bolivianos cresceu em 40,7%, sem contar os 5% concedidos agora.

Com: Prensa Latina

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