Mídia Livre de Mossoró ameaçada pelos donos do poder municipal

Hà tempo que venho acompanhando a cruzada do jornalista e blogueiro Carlos Santos em relação à enxurrada de processos judiciais contra ele, impetrados pelos donos do poder municipal da cidade de Mossoró, que, também, é conhecida pela alcunha de “Cidadela do DEM”, alusão à agremiação partidária que a administra há algumas décadas.
*Por Gutemberg Dias

Mas, o fato é que as ações judiciais orquestradas contra o jornalista Carlos Santos têm um objetivo claro e específico, intimidar a mídia alternativa da cidade, impedindo, dessa forma, que os arroubos administrativos e políticos dessa facção política da família Rosado cheguem à população sem amenidades.

Esse tipo de manobra contra a mídia livre não é só prerrogativa do "fafaísmo", mas uma prática de muitas correntes políticas pelo Brasil afora, principalmente, aquelas atreladas aos clãs oligárquicos que defendem os seus feudos com unhas e dentes. Aqui, especificamente, está sendo bem trabalhado pela atual administração que é comandada pelo DEM.

Voltando à questão principal, o ataque contra a mídia livre, se faz necessário que os militantes desse movimento não baixem a cabeça e se unam ao jornalista-blogueiro Carlos Santos contra essa operação que não só o atinge, mas a todos que fazem esse movimento em Mossoró, no Rio Grande do Norte e no Brasil.

Não estou aqui para defender o jornalista Carlos Santos, mas para denunciar o que estar por detrás dessa enxurrada de processos contra o jornalista.. Considero, sem sombras de dúvidas, que ele está sendo utilizado como “boi de piranha”, ou seja, tudo que estão articulando contra esse jornalista objetiva mandar um grande recado àqueles que militam no movimento da mídia alternativa. Será que o recado está sendo bem dado?

Sou livre, assim como o blog que edito, e por isso, não posso me furtar ao direito e ao dever de brandir contra aquilo que considero uma afronta ao livre direito de expressão. Não quero dizer que não existam excessos no que se escreve na mídia livre – assim como acontece na mídia convencional – mas, também, não queiram me dizer que múltiplos processos orquestrados contra um membro desse segmento midiático não sejam por motivos vis.
A avalanche de processos, em curto espaço de tempo, não é por acaso, num ano eleiitoral. São ações movidas para tentar calar e não reparar supostos danos morais.

Sendo assim, convido a todas as pessoas livres a se unirem em prol da mídia livre e da liberdade de expressão. Lutemos contra manobras de grupos dominantes que se utilizam do poder econômico e da força estatal para calar a voz dos que não se calam e pensam diferente .

Sou livre e você?

 
*Por Gutemberg Dias, geógrafo e presidente do PCdoB de Mossoró/RN