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Fiscalização faz trabalho escravo migrar para outras regiões

A fiscalização do Ministério do Trabalho para o combate da exploração da mão de obra escrava tem diminuído as denúncias em estados onde a situação era considerada crítica, como o Pará. Por outro lado, o problema está aparecendo com mais frequência em outras regiões.

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A avaliação é do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que esta semana recebe a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre formas contemporâneas de escravidão, a advogada armênia Gulnara Shahinian.

A comissária ficará dez dias no país, mas o roteiro não incluiu nenhum município do Pará, campeão de citações na chamada lista suja do trabalho escravo, nem estados com grande número de registros, como Goiás e Mato Grosso do Sul.

“Fizemos uma ação forte nessas regiões onde tínhamos maior número de registros. No ano passado, tivemos muitos casos no interior do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, por exemplo. Há um redirecionamento, porque a fiscalização começou a dar certo em algumas regiões”, afirmou Lupi, na segunda-feira (17).

Segundo ele, apesar do grande número de trabalhadores que ainda são submetidos à situação análoga à escravidão no país, o Brasil registrou avanços nos últimos anos no combate a esse tipo de crime. “No geral, nossa avaliação é positiva, o problema diminuiu. Antes o Brasil era denunciado porque não fazia nada, hoje o país é referência.
A ONU está vindo aqui ver como agimos”, disse.

Em 2009, 3.769 pessoas foram resgatadas em condições análogas à escravidão pela fiscalização do Ministério do Trabalho. Este ano, até o início de maio, pelo menos 653 pessoas foram libertadas.

Da Redação, com Agência Brasil