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Irã dá detalhe de acordo à Agência de Energia Atômica até domingo

O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, informou que vai enviar até domingo (23) as explicações sobre o acordo a respeito da troca de urânio para a Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia).

A decisão foi confirmada, nesta sexta (21), pelo Supremo Conselho de Segurança Nacional do Irã. O sexto item do acordo determina que todos os detalhes deveriam ser transmitidos à agência em um prazo de uma semana depois de firmado o documento, que foi fechado no dia 17.

As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna. O comunicado do conselho diz que "após o Irã, a Turquia e o Brasil firmarem declaração conjunta, o representante permanente da República Islâmica do Irã na Aiea anunciou oficialmente sua disponibilidade para apresentar a carta de nosso país ao chefe da agência [Yukiya Amano]”. Segundo informações do conselho, representantes dos governos do Brasil e da Turquia estarão presentes no momento em que a carta for entregue ao comando da Aiea.

Na última segunda-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Ahmadinejad, além do primeiro-ministro da Turquia, Tyyiq Erdogan, negociaram o acordo, em Teerã. O acordo determina que o Irã envie 1,2 mil quilos de urânio enriquecido a 3,5% para ser depositado na Turquia. Em troca, no prazo de até um ano, receberá 120 quilos de urânio enriquecido a 20%.

A expectativa dos negociadores brasileiros e turcos é que esta iniciativa evite a pressão internacional pela adoção de sanções econômicas contra o Irã. Mas os Estados Unidos mantêm as suspeitas e conseguiram obter o apoio do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em favor de um esboço de resoluções que estabelecem eventuais punições aos iranianos.

Para os norte-americanos e parte da comunidade internacional, há suspeitas de que o programa nuclear do Irã esconda a produção de armas atômicas. As autoridades internacionais exigem que todos os detalhes sobre o acordo sejam fornecidos não só à Aiea, como também ao Conselho de Segurança da ONU.

Os especialistas internacionais também querem que o governo iraniano forneça garantias sobre a fiscalização de suas usinas atômicas, assim como assegure que seu programa nuclear tem, exclusivamente, fins pacíficos, afastando a hipótese de produção de armas atômicas.

Fonte: Agência Brasil