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Ministros defendem veto ao reajuste de 7,72% a aposentados

A equipe econômica do governo recomendou nesta segunda-feira (24) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o veto ao reajuste de 7,72% para aposentados e pensionistas da Previdência Social que ganham mais de um salário mínimo. A Medida Provisória que trata do reajuste foi aprovada na última quarta-feira (19) pelo Senado.

As razões para a defesa do veto foram expostas ao presidente pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Paulo Bernardo e da Previdência, Carlos Eduardo Gabas durante a reunião de coordenação política.

“Nossa posição foi de que se mantivesse o veto por questões de manter a solidez orçamentária do governo pensando nos gastos públicos, pensado não tanto no presente, também no futuro, que a gente mantivesse essa decisão de não aumentar o gasto nessa rubrica que é a mais alta do governo”, afirmou Mantega.

Paulo Bernardo voltou a repetir que o compromisso do governo com as centrais sindicais foi de conceder um reajuste de 6,14%. “Se tivermos alternativa de manter esse compromisso, vamos fazer”.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula buscará uma decisão que cumpra a responsabilidade fiscal e disse que o presidente não se deixará contaminar pela proximidade do período eleitoral ao decidir ou não pelo veto ao reajuste.

Em relação ao fator previdenciário, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o presidente Lula já havia decidido pelo veto. Pouco tempo depois, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou a declaração de Paulo Bernardo e disse que Lula ainda não tinha uma posição sobre o assunto.

A proposta enviada pelo governo ao Congresso Nacional previa reajuste de 6,14% aos aposentados que recebem mais de um salário mínimo, mas o percentual foi alterado para 7,72%. Lula tem até o dia 1º de junho para tomar uma decisão, data em que o texto perde a validade.

As declarações da equipe econômica do governo mostram que existem indícios de que Lula irá  vetar o fim do fator previdenciário. Já o veto sobre o reajuste de 7,72% – aprovado na semana passada pelos senadores – frustrará aposentados e pensionistas e se chocará com o movimento sindical.

Da Redação, com Agência Brasil