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Por que trabalho escravo persiste? Evento debate o assunto

Por que o trabalho escravo persiste? Para responder a essa e outras perguntas relacionadas ao trabalho escravo e discutir as formas de combate a essas práticas, começa nesta terça-feira (25) e vai até quinta-feira (27), em Brasília, o 1º Encontro Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. A abertura, prevista para às 19 horas, vai reunir no auditório da Procuradoria Geral da República (PGR), vários ministros e os presidentes da Câmara e do Senado, além de autoridades internacionais.

Além das discussões técnicas de temas como “O Papel do Congresso Nacional no Combate ao Trabalho Escravo” e o “Trabalho Escravo e a Responsabilidade Empresarial”, dois atos marcarão o evento. Nesta quarta-feira (26), às 13 horas, haverá uma audiência na Câmara dos Deputados para a entrega de um abaixo-assinado pedindo urgência na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê o confisco de terras de quem explora mão-de-obra em condições análogas à escravidão.

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Na quinta-feira (27), às 14h30m, os participantes do Encontro realizarão um ato público no gramado em frente ao Congresso Nacional pedindo que a chamada “PEC do Trabalho Escravo” seja votada ainda este ano. Na ocasião, serão fincadas cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios representando as empresas que estão na chamada lista suja do trabalho escravo.

“A ideia é denunciar empresas, manifestar nossa indignação com as constatações que recebemos de que o trabalho escravo permanece”, disse o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, na reunião da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), no último dia 12.

Apesar dos avanços no combate ao trabalho escravo serem reconhecidos por entidades internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o problema ainda persiste no Brasil e em importantes setores econômicos. Desde o início das operações do grupo móvel de fiscalização do governo federal, em 1995, mais de 36 mil trabalhadores foram libertados dessa condição em todo o país.

O encontro, promovido pela Conatrae e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, reunirá a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Formas Contemporâneas de Escravidão, Gulnara Shahinian e o diretor da OIT para a América Latina, Jean Maninat, além de representantes do governo, de organizações de empregadores e da sociedade civil.

Na solenidade de abertura, estão confirmadas as presenças dos ministros Carlos Lupi, do Trabalho; Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário; e Wagner Rossi, da Agricultura. Os atores Wagner Moura, Leonardo Vieira e Vic Militello atuarão como mestres de cerimônia.

Durante o encontro, o Ministério do Trabalho lançará dois livretos com esclarecimentos e dados sobre o trabalho escravo no país (Governo lança cartilha sobre trabalho escravo)

De Brasília
Com agências