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Dilma volta a defender reforma tributária em entrevista de rádio

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, voltou a defender a reforma tributária, usando como exemplo a redução dos impostos sobre medicamentos. Para a petista, além de encaminhar a proposta de reforma, o governo precisa tomar decisões "imediatas" para diminuir impostos. “É uma questão até de justiça social reduzir a tributação sobre o remédio e assegurar que haja uma redução no preço”, disse em entrevista à Rádio Record, nesta quarta-feira (26).

“Porque muitas vezes você tira o imposto e não diminui o preço. Então, temos que fazer as duas coisas: tirar o imposto e garantir que se reduza o preço do remédio”, defendeu Dilma, acrescentando que ""nos remédios é um absurdo a tributação, porque é uma questão de sobrevivência da população". Ela destacou que "o Brasil chegou no momento que, para dar os passos seguintes, vamos ter de desonerar, tirar impostos".

Ainda na área da saúde, a presidenciável disse que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser ampliado e melhorado com atendimento voltado para emergência e consultas com especialistas em policlínicas, desafogando os hospitais públicos. “No caso mais grave, você vai para o hospital. Esse é o meu objetivo: montar essa cadeia. Querer um pouco mais e melhorar sempre.”

Segundo Dilma, para fazer a reforma tributária, ela criaria um fundo de compensação temporário para Estados e municípios. "O efeito (da reforma) às vezes vem um ano e meio depois. Os governos querem efeito imediato."

Ela deu como exemplo o desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedido pelo governo federal a alguns setores. "A gente teve que compensar os governos, mas, no final, a gente saiu lucrando. Todo mundo ganha com a redução de impostos."

Dilma Rousseff afirmou que saneamento básico também é questão de saúde pública. “No Brasil, você tem até a coleta do esgoto, mas não tem o tratamento. Quem acaba prejudicado é a criança e o idoso. É preciso resolver o problema de saneamento.”

Pessoa especial

Ela reforçou a importância de uma Reforma Tributária que atinja também a folha de pagamento das empresas, sem “penalizar” o emprego. Para Dilma, a redução dos encargos trabalhistas vai permitir a ampliação do número de postos de trabalho no Brasil e o aumento de pessoas com carteira assinada.

“Quando você diminui a quantidade de imposto que se coloca sobre o emprego, você permite que haja uma expansão dos postos de trabalho e também uma formalização.”

Dilma falou por uma hora ao apresentador Paulo Barboza e respondeu a perguntas de cinco ouvintes. Ela aproveitou a audiência formada por 86% de mulheres para cortejar as eleitoras. "Mulher hoje é chefe de família, empreendedora. A gente, mulher, é uma pessoa especial. Quando a gente quer uma coisa, a gente teima. A gente tem que continuar teimando."

De Brasília
Com agências