Kassab é absolvido. Procurador não irá recorrer.

Procurador não irá entrar com recurso contra absolvição de Kassab. Maurício Antônio Ribeiro Lopes diz que não irá recorrer ao TSE. Tribunal Regional Eleitoral aceitou recurso de prefeito e vice-prefeita.

O procurador eleitoral Maurício Antônio Ribeiro Lopes não irá entrar com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a absolvição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), na tarde desta terça-feira (25/5).

Em decisão unânime, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) absolveu Kassab e a vice-prefeita Alda Marco Antônio (PMDB) no processo de cassação de mandato contra os dois. Os seis desembargadores do TRE decidiram reformar a sentença de primeira instância.

Em fevereiro, Kassab e Alda tiveram seus diplomas cassados pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloisio Sérgio Rezende Silveira, por recebimento de doações irregulares. O juiz cassou o mandato de Kassab a partir de representação do Ministério Público Eleitoral que aponta doações de campanha irregulares em 2008 oriundas da Associação Imobiliária Brasileira (AIB).

Segundo o Ministério Público, a AIB funciona como extensão do Sindicato da Habitação (Secovi) que, por ser sindicato, é impedido por lei de fazer doações a candidatos.

O Ministério Público pediu revisão da prestação de contas de Kassab e da vice com base no artigo 30-A, da lei 9.504/97, e na lei 64/90, que preveem a cassação de registro e declaração de inelegibilidade por três anos quando comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos. Kassab e Alda mantiveram-se em seus cargos graças a uma decisão judicial que garante a permanência até o julgamento final do processo.

Em entrevista, o advogado de Kassab e Alda Marco Antônio, Ricardo Penteado, afirmou que a decisão já era esperada por ele. " Era exatamente isso que esperávamos, pois não difere da jurisprudência", disse.

Desde o início das cassações pela 1ª Vara Eleitoral de São Paulo, em outubro de 2009, 25 vereadores foram cassados pelo mesmo motivo; 14 deles recuperaram o mandato.

Da redação, com G1