Lula Morais pede solução para greve de terceirizados da Cagece
O deputado Lula Morais (PCdoB) pediu, na sessão plenária desta terça-feira (25/05), solução para o impasse que provocou a greve dos trabalhadores de empresas que prestam serviço para a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
Publicado 26/05/2010 09:31 | Editado 04/03/2020 16:33
A principal reivindicação dos grevistas é a implementação na folha de pagamento do reajuste da convenção coletiva de 2010. Conforme Lula Morais, a categoria é uma mão de obra especializada, que está sendo desvalorizada.
Para Lula Morais, o movimento grevista é justo, já que o acordo não vem sendo cumprido pelas empresas prestadoras de serviço. A categoria decidiu pela greve em assembleia realizada no último dia 20 de maio. Eles resolveram paralisar as atividades por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira.
“Essa turma é especializada e não pode ser trocada. A rede de abastecimento e de tratamento e coleta de esgoto não é feita por qualquer trabalhador”, disse Lula. Segundo eles, há casos de terceirizados com mais de 24 anos de serviços prestados a Cagece.
O parlamentar comunista espera que a direção da Cagece pressione as empresas contratadas para cumprir o que foi acordado com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Ceará (Seeaconce). Além do reajuste salarial, eles querem participação nos lucros e resultados da empresa.
O líder do Governo, deputado Nelson Martins (PT), confirmou a reunião entre Cagece e as empresas. Segundo ele, todas as pendências de repasse da Cagece relativo ao acordo, a Cagece já providenciou. O líder informou ainda que às 16 horas de hoje a Cagece receberá o presidente do Seeaconce, Josenias Gomes Pereira. “Da parte da Cagece há empenho em pressionar as empresas para resolver o impasse”, garantiu.
O deputado João Ananias (PCdoB) ressaltou que “as empresas, que ganham muito bem”, devem garantir aos trabalhadores os seus direitos. O deputado Artur Bruno (PT) ponderou que o Governo do Estado tem como característica pagar em dia os fornecedores e empresas que prestam serviço. “Portanto, não podemos aceitar que essas empresas não tratem seus trabalhadores com o devido respeito”. Para o deputado Heitor Férrer (PDT), quem sofre é o cidadão que paga seus tributos em dia e não pode usufruir do serviço.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL