Sem categoria

Encontro reunirá dirigentes para discutir finanças eleitorais

A Secretaria de Finanças do PCdoB promove neste final de semana, em São Paulo, seu Encontro Nacional envolvendo secretários da área e presidentes estaduais do partido. O foco do evento é discutir as finanças de campanha e orientar os dirigentes quanto às regras que regerão as eleições deste ano.

Vital Nolasco

Entre os temas tratados estão a captação de recursos, prestação de contas, questões legais, abertura de comitê financeiro e, especialmente a captação de recursos via internet com o uso do cartão de crédito, a doação feita por pessoa física e a possibilidade de o partido ser o arrecadador.
“É preciso atentar, no entanto, para o fato de que as arrecadações não podem ultrapassar os 2% do faturamento de uma empresa ou 10% da renda de uma pessoa física. Além disso, é importante lembrar que a prestação de contas deve ser rígida na descrição de quem doou, quanto e para quem”, explica Vital Nolasco, secretário de Finanças.

Segundo Nolasco, o encontro é importante para tirar as principais dúvidas daqueles que estarão na linha de frente da arrecadação nestas eleições. “Vamos fazer o possível para armar e preparar nosso pessoal para tais exigências. O partido cresceu, está investindo em mais candidaturas e isso implica maior responsabilidade para o conjunto dirigente. O papel dos comitês estaduais é essencial, mas é preciso que haja assessorias jurídicas locais. De qualquer forma, o Comitê Central também estará a postos para a orientação geral”.

O dirigente ressalta que a campanha de 2010 tem um papel estratégico para os comunistas, mas também para o setor progressista em geral. “Precisamos estar atentos e preparados. A campanha se coloca num quadro de boas perspectivas. Lula tem alta aprovação e Dilma Rousseff (PT), sua pré-candidata, está bem posicionada. O governo Lula atraiu ou ao menos neutralizou setores da burguesia e da classe média. Isso facilita muito a busca de contribuições junto ao empresariado”. Por outro lado, ressaltou que “as campanhas estão cada vez mais caras, demandando mais aportes. Agora, no entanto, podemos buscar mais facilmente o setor produtivo, que tem maior predisposição de apoiar esse campo político”.

Para Nolasco, é essencial que os convocados participem ativamente do Encontro Nacional de Finanças. “Todos temos que fazer um grande esforço porque o financiamento é parte essencial da batalha eleitoral e é preciso que os estados busquem suas formas de arrecadação, bem como se responsabilizem pelo cumprimento das regras estabelecidas”.

Da redação