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PCdoB pede protagonismo militante para assembleia e conferência

Dois grandes e importantes eventos marcam a agenda dos movimentos sociais e sindical neste final de maio e começo de junho na capital paulista. O primeiro deles, a Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, está marcada para o dia 31, na quadra do Sindicato dos Bancários. O segundo é a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, que acontece no dia seguinte, 1º de junho, no Pacaembu. Ambos os eventos têm um sentido estratégico para o PCdoB e camadas populares em geral.

João Batista Lemos

Além de discussões voltadas para temas específicos dos movimentos e dos trabalhadores, a questão central que permeará os dois eventos é a necessidade imediata de mobilizar a sociedade para as eleições deste ano. No entendimento das entidades, é preciso manter na presidência da República o viés mudancista conquistado em 2002 com a eleição de Lula.

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Levando em conta esses fatores, o PCdoB tem se empenhado para que sua militância se mobilize e se organize para estar nas duas manifestações. Os dois encontros deverão reunir, conforme dados dos organizadores, mais de 40 mil pessoas e “servirão para que o movimento aprove e divulgue amplamente uma formulação de projeto de desenvolvimento popular para o Brasil, além de ser um espaço aglutinador e unificador da ação para o próximo período”, diz documento enviado pela direção nacional do partido para os comitês estaduais e assinado por João Batista Lemos, secretário Sindical, e Lúcia Stumpf, secretária de Movimentos Sociais.

“O protagonismo da militância comunista, que participa das principais entidades do movimento social brasileiro e compõe a direção da terceira maior central sindical do país, precisa estar refletido nesta mobilização”, complementa a mensagem.

Unidade das centrais

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), terceira maior e a mais nova do país, é uma das entidades que reúne militantes comunistas e figura como uma das protagonistas da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. “É um acontecimento histórico para o país, pois se trata de uma intervenção direta dos trabalhadores no curso político brasileiro”, diz João Batista Lemos, secretário sindical do PCdoB. Tal reunião foi possível graças à unificação de cinco centrais sindicais no evento: além da CTB, CUT, Força Sindical, CGTB e NCST.

A unidade, conforme lembra Batista, vinha sendo construída através da luta por bandeiras comuns, como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução salarial, a valorização do salário mínimo e o fim do fator previdenciário.

“Esse diálogo afinado evoluiu para um debate programático em torno de objetivos comuns para o Brasil”, ressalta o dirigente do PCdoB. O coroamento desse processo se dará durante a conferência com a aprovação de manifesto pelos trabalhadores. “Isso certamente contribuirá para que o ciclo de mudanças aberto por Lula possa continuar a partir de 2011”, colocou.

Segundo Batista Lemos, que participou do processo de fundação da CTB, em 2007, “a proposta que será apresentada durante a conferência também fora aprovada no congresso que criou a central, o que nos deixa muito satisfeitos”.

Ainda de acordo com o comunista, outro ponto que chama atenção é a reação dos setores dominantes diante da mobilização dos trabalhadores. “Estamos indo pelo caminho certo e pelo jeito, isso está incomodando a elite e seu braço midiático. Afinal, somente nesta semana, o jornal O Estado de S. Paulo publicou três editoriais atacando os sindicatos”.

Para além da mobilização, o dirigente ressalta a necessidade de as caravanas estarem organizadas. “A Conferência está marcada para as 9h e certamente haverá grande fluxo de ônibus e pessoas nos arredores do Pacaembu, bem como nos arredores da quadra dos Bancários, para a Assembleia da CMS no dia 31. Então, os comunistas devem se organizar para estar a postos às 7h, com as bandeiras de seus sindicatos, mas também com as do partido”.

Da redação