Lançamento: "Para uma história do Parque da Cidade"

O ex-prefeito de Natal e pré candidato ao Governo do Estado, Carlos Eduardo (PDT – PCdoB) lança amanhã, 1 de junho, em Natal, o livro "Para uma história do Parque da Cidade", que narra a trajetória de elaboração e construção do Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte.

Livro parque da cidade
“Para uma História do Parque da Cidade” conta com depoimentos de pessoas envolvidas na concepção e construção daquele espaço. O lançamento será feito na livraria Siciliano do Shopping Midway Mall, a partir das 19 horas. O prefácio e a edição são do escritor Moacy Cirne, além de ser ilustrado com fotografias de Argemiro Lima, Candinha Bezerra e Neilton Santana.

O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves afirma que o livro começou a ser pensado em novembro do ano passado, quando recebeu uma visita de uma ex-auxiliar, falando sobre o abandono em que se encontrava o Parque Dom Nivaldo Monte.

Em dezembro de 2009, Carlos Eduardo disse que esteve com o arquiteto Oscar Niemeyer, autor do projeto arquitetônico do Parque, a quem foi pedir autorização, que foi dada, para ele sair na capa do livro ao lado do prefeito. A foto é do dia em que ainda era prefeito e esteve, no escritório do arquiteto, no Rio de Janeiro, conhecendo o primeiro desenho feito por Niemeyer.

Segundo Carlos Eduardo, o livro também é uma forma “de denunciar” a situação atual do Parque, que se encontra fechado à visitação pública “e está em estado de depredação”.

O prefácio de Moacy Cirne coloca: “Natal passa a existir em função de dois monumentos civilizatórios: a Fortaleza dos Reis Magos, cujos inícios datam de 1598, e o Parque da Cidade, construído e inaugurado em 2008”.

A obra está dividida em dois livros, o primeiro trata da construção do Parque, em 16 capítulos, todos ilustrados e com imagens fotográficas. O segundo livro trata da “desconstrução” do Parque, uma história contada em cinco capítulos pelo ex-prefeito.

Nela, estão depoimentos de pessoas que acompanharam o processo de elaboração e construção de todo o projeto, como o próprio Niemeyer, Dácio Galvão, Hélio de Oliveira e outros ex-auxiliares, como Bosco Pinheiro, Virgínia Ferreira, Heverton de Freitas, Fernando Cardoso, Waldenir Xavier, além do discurso da desembargadora Judite Nunes.

“A nossa administração conseguiu preservar para Natal, definitivamente, uma área de 130 hectares no coração da cidade”, lembrava o ex-prefeito, lamentando que uma obra que tem no projeto uma escola ambiental, o memorial da cidade e uma biblioteca e auditório, atualmente esteja fechada à visita da população natalense.

Segundo ele, no período em que esteve aberto, até o fim do ano passado, cerca de 25 mil pessoas já tinham ido conhecer o Parque Dom Nivaldo Monte, cujo projeto foi selecionado por Niemeyer, de um total de 30 de sua autoria, para ser exposto em seis capitais brasileiras e que hoje se encontram em exposição em cidades da Europa.

Em um dos capítulos do livro, Niemeyer disse lembrar, satisfeito, quando o prefeito Carlos Eduardo Alves o procurou no Rio de Janeiro, “orgulhoso da obra que estava concluindo”.

O arquiteto afirma, no livro, que estava agradecido pela importância que o ex-prefeito dava ao seu projeto: “Já não era a satisfação de ver concluído um trabalho diferente e bem elaborado, mas a alegria de constatar que o povo de Natal, sem distinção de classe, dele iria usufruir”.

Para ele, é importante a preocupação de qualquer governante, “deixar como lembrança de sua passagem pelo cargo uma obra que justifique”. No fim, diz o arquiteto: “Foi um desses momentos especiais em que a vida, tão precária, nos permite sorrir um pouco”.

O livro sobre o Parque da Cidade é lançado, justamente, no mês em que se anuncia o Dia Internacional dos Museus e em que é celebrado, também, o Dia Internacional do Meio Ambiente.

Carlos Eduardo considera “um crime” o fechamento do Parque. “É um grande prejuízo para a cidade o que está acontecendo sob as sombras inexplicáveis do governo de uma prefeita que se diz verde, que se diz defensora da ecologia”, diz ele no capítulo “Descaso e Oportunismo”.

Ele ainda afirma, no livro, que o Parque da Cidade está fechado “há doze meses graças à mesquinharia politiqueira de uma administração que ainda não atentou para a dimensão da obra e para a importância de Natal ostentar a assinatura do grande arquiteto Oscar Niemeyer naquele projeto”.

Segundo ele, a “birra dos atuais gestores”, porém, chega ao fim, pois o Tribunal de Contas do Estado deu o prazo de 90 dias para a entrega do parque de volta ao povo, “sob pena de improbidade administrativa da gestão atual”.

Isso, segundo ele, prova que pouquíssimos detalhes faltavam no parque, “o que não impedia seu funcionamento”. Na sua opinião, o Parque “foi vítima da inveja de quem não tem capacidade para projetar ou construir”.
 

Com informações da Tribuna do Norte.