Sem categoria

Unidade das Centrais foi a palavra chave da Conclat

O movimento sindical brasileiro, após 29 anos da realização da 1º Conferência Nacional da Classe trabalhadora, proporcionou, no dia 1º de junho, em São Paulo, uma demonstração de força e poder com a união da classe trabalhadora, que se reuniu no estádio do Pacaembu visando à construção de uma agenda da classe trabalhadora para um projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização do trabalho.

Segundo o deputado federal Vicentinho – PT/SP, o momento é de aprovar uma pauta de reivindicações elaboradas por diversas correntes de luta popular. “A unidade é a coisa mais importante neste momento, só assim a classe trabalhadora poderá conquistar a ampliação de seus direitos”, ressalta.

Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) o momento é especial, pois esta Conclat recria um evento que deu impulso a um projeto que levou um operário a presidência do Brasil. “Agora passados quase três décadas, os trabalhadores novamente se reúnem para contribuir para esta nova etapa do Brasil e oferecer propostas para a construção de um Brasil para os brasileiros”, diz.

O presidente da UBES, Yann Evanovick, destacou a importância das centrais sindicais e como a união das forças em prol da luta classista está representada nesta demonstração do poder de sua mobilização. “Com a realização deste evento, as centrais sindicais cumprem um importante papel para a luta da classe trabalhadora, principalmente, ao apresentar propostas importantes que serão entregues aos presidenciáveis, ainda mais porque este é um ano eleitoral e é preciso que os trabalhadores e jovens permaneçam unidos, pois mesmo que governo Lula tenha criado mais de 600 mil empregos diretos para a juventude, este ainda é um número insuficiente”, destaca Yann, que conclui: “Então precisamos dar continuidade nessa política e, principalmente, temos que conseguir embutir no patronato a necessidade da importância de dar oportunidade para a juventude”.

Alberto Broch, presidente da CONTAG enfatizou sobre a contribuição que este documento aprovado durante a Conferência trará para a luta dos trabalhadores do campo. “Nos não temos dúvida do quanto a aprovação deste documento beneficiará a luta pela reforma agrária e a agricultura familiar. Só com o fortalecimento desta união entre os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade poderemos começar a quebrar a espinha do latifúndio.

O papel da CTB na construção da Conclat

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadas do Brasil foi a entidade que propôs a unidade das centrais sindicais para a realização da Conclat.

Como explicou o senador Inácio Arruda – PcdoB-CE, “todo o sistema que tem um máquina muito sofisticada, muito avançada, precisa de uma parte chamada inteligência do sistema. Esta parte é onde dá a liga do sistema. Sem esta peça nada funciona e a CTB trabalhou como a liga que permitiu que esse conjunto de centrais sindicais fizesse esse debate político mais conseqüente formando a unidade das centrais. A CTB é isso uma central que luta com inteligência e firmeza para unir todos os trabalhadores de todas as correntes”.

“A CTB está de parabéns, pois apesar do pouco tempo de existência já é a terceira maior central sindical do país. Os dirigentes que estão a frente da Central tem um histórico de serem os dirigentes que mais primam pela unidade”, conclui Yann Evanovick, presidente da UBES.

Por Fábio Rogério Ramalho – Portal CTB