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Parada Gay de 2010 assume o tema eleitoral

Sob o lema “Vote contra a Homofobia, defenda a cidadania”, a Parada Gay de São Paulo escolheu pela primeira vez um tema político-eleitoral para sua 14ª edição, que desfila neste domingo (6) pela Avenida Paulista. Também será menos colorida, embora mantenha a bandeira do arcoiris como símbolo: os organizadores recomendaram aos participantes que usem adereços e tarjas em preto e branco como uma forma de protesto. São esperados 3,1 milhões de participantes vindos de todo o Brasil e do exterior.

A escolha do tema gerou um aceso debate na hora de programar a Parada 2010. Houve quem propusesse a Copa do Mundo, mas o tem ficou para debate na edição de 2014, quando o Brasil sediará a Copa do Mundo. O tema do voto terminou sendo uma escolha unânime, e o debate se circunscreveu à opção entre "defenda" e "conquiste a cidadania".

As organizações que promovem a Parada discordam do conceito de que “gay vota em gay”. Mas defendem o voto em quem assume as bandeiras democráticas do movimento, e contra os políticos homofóbicos, fundamentalistas e que legislam e governam em nome do preconceito.

A Parada Gay de São Paulo entrou na história em 2004, quando a organização estimou a presença de 1,8 milhão de pessoas nas ruas celebrando a diversidade. Em 2006, foi estimado um público de 3 milhões de pessoas, número esse que se encontra no Guiness Book como a maior parada gay do mundo. O objetivo de 2010 é quebrar esta marca.

Haverá um esquema especial do metrô para facilitar o comparecimento. A segurança deve ser reforçada, segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar (PM), em resposta às muitas queixas de furtos e assaltos durante o megaevento.

A Parada sairá da Avenida Paulista (em frente ao Masp) e seguirá pela Rua da Consolação em direção à região central da cidade. Aproveitando a concentração de visitantes na cidade, a comunidade GLBT está promovendo eventos antes e depois do evento.

Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e numerosos 'simpatizantes' não só questionam as leis de discriminação sexual, mas também reclamam direitos de cidadania do público LGBT, como o direito à união civil de casais homossexuais.

Da redação, com agências