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Grupo Gay da Bahia denuncia 198 crimes de morte da homofobia

Uma das bandeiras mais concretas e tocantes do movimento GLBT, que promoveu neste domingo (6) a Paraga Gay de São Paulo, é o combate à violência homofóbica. No ano passado ela assassinou 198 homossexuais. O número é conhecido graças ao Grupo Gay da Bahia (GGB), que acompanha e registra morte a morte.

Uma das bandeiras mais concretas e tocantes do movimento GLBT, que promoveu neste domingo (6) a Paraga Gay de São Paulo, é o combate à violência homofóbica. No ano passado ela assassinou 198 homossexuais. O número é conhecido graças ao Grupo Gay da Bahia (GGB), que acompanha e registra morte a morte.

Os 198 assassinatos do ano passado indicam uma escalada, comparados com os 189 de 2009 e os 122 de 2007. Atestam também que o Brasil permanece com o triste título de campeão de homicídios contra GLBTs. É seguido do México com 35 e dos Estados Unidos com 25 mortes anuais.

O relatório do GBT dá mais informações:

Dentre os mortos, 117 gays (59%), 72 travestis (37%) e 9 lésbicas (4%). O risco de uma travesti ser assassinada é 262 vezes maior que um gay. Nos dois primeiros meses 2010 já foram documentados 34 homicídios contra homossexuais.

Bahia e Paraná são os estados mais homofóbicos: 25 homicídios cada um, sendo que na Bahia os gays foram mais numerosos (21), enquanto no Paraná predominaram as travestis (15 mortes).

Curitiba, cidade modelo de urbanidade, foi a metrópole brasileira onde mais homossexuais foram assassinados, 14 vítimas, seguida de Salvador com 11 homicídios. Pernambuco, que nos últimos anos liderava esta lista de assassinatos, registrou 14 mortes, (4º lugar) o mesmo número de São Paulo e Minas Gerais, embora SP tenha população cinco vezes maior. Alagoas é proporcionalmente o estado mais violento para a comunidade LGBT: 11 mortes para 3 milhões de habitantes.

Segundo Luiz Mott, antropólogo e fundador do GGB, “estes números são apenas a ponta de um iceberg de sangue e ódio, pois não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, nos baseamos em notícias de jornal e internet, uma amostra assumidamente subnotificada".

Veja aqui mais informações do relatório.