Divanilton: A CTB na 2ª Plenária Nacional da FUP

A 2º PLENAFUP se realiza em momento ímpar da conjuntura nacional. Enquanto grandes blocos econômicos contabilizam recuos e prejuízos em razão da crise estrutural do capitalismo, o Brasil apresenta lastro e potencial para novo salto desenvolvimentista.

petroleiros RN
No cenário político se destaca o debate eleitoral de 2010, que confrontará dois projetos: de um lado a perspectiva de continuar avançando rumo ao desenvolvimento nacional com valorização do trabalho, e de outro, a perspectiva de retorno do projeto conservador dos neoliberais.

Na atividade de petróleo, enquanto o mundo contabiliza a ampliação do consumo e a guerra pelo controle das reservas existentes, o Brasil se prepara para o desafio de produzir petróleo, de forma pioneira e exclusiva, na camada do pré-sal.

No campo do movimento social, se destaca a exitosa realização da CONCLAT dia 01/06/2010 em São Paulo, uma histórica agenda que demarcou um novo ciclo político e organizacional para o futuro do sindicalismo brasileiro. Já desde sua fundação, a CTB através de seu livro programático já apontava essa necessidade. E agora após 29 anos da realização da última, a sua consecução tem o DNA da tática e da estratégia da CTB.

Nessa quadra, os trabalhadores do setor petróleo têm diante de si o grande desafio de elevar seu poder de organização e mobilização para garantir melhores condições de vida e de trabalho. Cuja premissa é evitar o retrocesso político e garantir o avanço, ao mesmo tempo em que luta pela aprovação de um novo marco regulatório para o setor, que garanta a um só tempo o fortalecimento da PETROBRAS e o domínio do nosso povo sobre as reservas do pré-sal.

PARA A CTB OS PETROLEIROS TÊM LADO

O processo das eleições gerais de 2010 põe em confronto direto dois projetos políticos antagônicos. De um lado a aliança de partidos, movimentos populares, setores sociais e empresariais democráticos, defensores da continuidade das mudanças. De outro a aliança conservadora e de direita das legendas que sustentaram o governo neoliberal de FHC.

O núcleo petroleiro da CTB reconhece que a candidatura que reúne condições políticas de derrotar o candidato neoliberal do DEM/PSDB, Jose Serra e dar novo impulso ao processo de mudanças, com a implementação do desenvolvimento nacional com valorização do trabalho é a candidatura de Dilma Rousseff, liderada pelo presidente Lula e seus aliados.

Compreendemos que os brasileiros precisam aprofundar e desenvolver o novo ciclo de crescimento iniciado pelo atual governo, para continuar trilhando o caminho da soberania nacional, da democracia, da valorização do trabalho e da integração regional. Este processo exige ampla unidade de forças políticas e sociais em torno de uma candidatura com proposta programática que a sustente.

Neste embate não há meio termo e os trabalhadores têm lado. Por isso mesmo, os petroleiros e petroleiras devem se empenhar em eleger Dilma Rousseff – primeira presidenta do Brasil.

Os CETEBISTAS petroleiros presentes na 2ª PLENAFUP defenderam através de tese própria essa convicção.

As demais forças políticas também apontaram esse caminho, tornando-se o auge dessa manifestação quando da chegada da ex-Ministra ao plenário do evento. Ovacionada por todos ganhou o apoio integral dos petroleiros e das petroleiras para essa grande batalha eleitoral deste ano.

Durante sua estadia na Plenária, além do nosso apoio, ouviu nossas opiniões acerca do novo marco regulatório para a atividade petrolífera no Brasil. Expusemos a partir de nosso projeto, elaborado com os movimentos sociais, e que também hoje tramita no Senado Federal.

Além de entregarmos documentos que dão conta de nossas críticas quanto as possibilidades de esvaziamento da Refinaria de Manas –REMAN – e da utilização dos ativos dos campos maduros no processo de capitalização da Petrobras, reivindicamos que a candidata quando eleita, promova a realização de uma Conferência Nacional sobre Energia, uma lacuna no Governo Lula.

Nós trabalhadores petroleiros CETEBISTAS, integrantes da classe artífice da produção da sociedade, não têm dúvidas sobre a necessidade imperiosa de evitar retrocessos políticos e avançar nas mudanças para dar curso ao desenvolvimento com valorização do trabalho. Por isso mesmo, seremos protagonistas principais da batalha eleitoral, com o objetivo claro de sepultar os conservadores e garantir a vitória das forças sociais avançadas, reunidas em torno da candidatura de Dilma Rousseff.
 

Por Divanilton Pereira
Membro do Comitê Central do PCdoB
Dirigente Nacional da CTB
Dirigente Nacional da Federação Única dos Petroleiros