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Seleção de Dunga ameaça causar apagão fora de campo

Apagada dentro de campo, a seleção de Dunga também exige que o país prepare um esquema especial para evitar que provoque um apagão fora dos gramados. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), as variações de tensão de carga de energia elétrica durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo equilavem ao consumo da Grande São Paulo no horário de pico.

Na partida contra a Coreia do Norte, na última terça-feira, o Sistema Interligado Nacional (SIN) constatou uma retomada de consumo com elevação de carga de 10.300 megawatts (MW), em apenas 22 minutos. É o equivalente a uma cidade como Brasília sendo ligada a cada minuto.

Entre meia noite e 13h10m, a carga de energia teve comportamento similar ao de uma terça-feira típica. A partir das 13h10m, o consumo era inferior a um dia típico, com redução gradativa de carga a uma taxa de 55 MW por minuto, segundo o ONS.

O levantamento do ONS também constatou que, após os primeiros 22 minutos, a elevação da demanda de carga no sistema é mais intensa. Nos 20 minutos seguintes, ela continua crescendo em função da ativação da iluminação pública, a uma taxa de 170 MW por minuto.

"Esse comportamento é caracterizado por uma redução acentuada de carga no período que antecede o início dos jogos e se eleva, a taxas bastante altas, durante o intervalo das partidas, principalmente, imediatamente após o seu término", informou o ONS.

Para garantir a continuidade e a qualidade do atendimento aos consumidores, o ONS tem adotado ações preventivas nos dias das partidas do Brasil. Entre elas, a sincronização de um número maior de geradores; estratégias específicas para controle de tensão e frequência.

O operador também recomenda que os agentes de transmissão, geração e distribuição montem esquemas especiais para a pronta intervenção em instalações não-assistidas e para normalização das condições de atendimento na eventual ocorrência de problemas.

Fonte: Monitor Mercantil