Observadores criticam segurança e trânsito da África do Sul
Quarenta e nove observadores brasileiros que acompanharam a Copa do Mundo deste ano, convidados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), encerraram suas inspeções apontando falhas no policiamento e transporte.
Publicado 30/06/2010 18:21
Os observadores representam as 12 cidades-sede brasileiras do Mundial de 2014 passaram cinco dias na África do Sul verificando a estrutura montada pelo país para o torneio.
“Não há policiais nas ruas”, disse nesta quarta o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero. “Quase não vi a polícia da África do Sul e acho que faltam guardas para organizar o trânsito da cidade”.
Del Nero foi um dos membros da comitiva que estiveram no país-sede da Copa entre os dias 18 e 24 de junho. Eles participaram de palestras e visitaram instalações e estádios de três cidades sul-africanas: Cidade do Cabo, Joanesburgo e Pretória.
Ele disse não ter tido uma má impressão do primeiro Mundial realizado no Continente Africano. Porém, destacou erros que o Brasil deve evitar em 2014.
“Os guardas fecham as ruas nas proximidades do estádio e não as sinalizam”, contou. “Os motoristas não conseguem chegar ao estádio por causa disso”.
Tiago Lacerda, presidente do Comitê Executivo da Copa 2014 em Belo Horizonte, concordou com as críticas do representante de São Paulo. Para ele, a falta de sinalização atrasou muitos torcedores.
Lacerda acrescentou que muitas obras que haviam sido anunciadas para a melhoria dos deslocamentos aos locais de jogos também não foram concluídas. Isso acabou agravando ainda mais o problema do trânsito, que já era sério na África do Sul.
“As obras têm que ficar prontas dentro do prazo”, disse ele. “Você anda pelas ruas e vê algumas estruturas inacabadas que poderiam ter ajudado muito”.
Segundo o Ministério do Esporte, as conclusões dos observadores brasileiros devem ser tema de palestras a membros dos comitês organizadores da Copa de 2014 de todas as cidades-sede brasileiras. A intenção é difundir as experiências sul-africanas e usá-las para o Mundial do Brasil.
Fonte: Agência Brasil