Pernambuco estabelece ações para remediar a tragédia

Ainda em junho, equipes do projeto Governo Presente vão atuar em alguns municípios para a emissão de novas vias de documentos pessoais perdidos pela população. De acordo com a assessoria da Codecipe, não existe um roteiro definido a ser seguido em casos de catástrofes naturais. Cada cidade deverá definir o que é prioridade.

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Pontes móveis

Entre as ações emergenciais anunciadas pelo governo para fazer frente aos danos está a vinda de duas pontes móveis com 40 e 60 metros de comprimento que serão trazidas de Natal (RN) e do Rio Grande do Sul, respectivamente. O envio dos equipamentos – que servirão para ajudar no acesso aos municípios mais atingidos ou naqueles cujas pontes de entrada foram totalmente destruídas – foi autorizado pelo governo federal.

Água

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou que 44 cidades foram afetadas, das quais 25 estão completamente sem água e dez está com abastecimento parcial – o maior dano em toda a história do órgão. E cinco municípios (Barreiros, Palmares, Água Preta, Catende e Cortês) que usam abastecimento próprio também estão sem água nas torneiras. A Compesa estima em R$ 4,5 milhões o valor necessário para conserto das tubulações, substituição de equipamentos e atendimento emergencial de carros-pipa. O tempo estimado para a recuperação dos pontos afetados é de até seis meses.

Energia

No balanço parcial da Celpe, até terça (22) cem postes haviam sido destruídos e mais de mil medidores avariados em todo o estado. As redes elétricas de Palmares e Água Preta foram as mais danificadas, com seis mil unidades consumidoras atingidas cada. A assessoria de imprensa da Celpe informou que foi acionada uma equipe de mais de 250 funcionários para restabelecer o fornecimento, mas a empresa lembra que em alguns lugares o acesso via terrestre continua complicado, o que impede a definição de prazos. Foram também suspensas ações de cobrança, prorrogando o vencimento das faturas vencidas. Não existe nem orçamento do prejuízo, nem tempo estimado para a recuperação das redes.

Prevenção

No cenário de destruição, uma boa notícia. Recife está sobrevivendo bem aos dias de caos. Para prevenir possíveis acidentes, porém, o prefeito João da Costa informou que vai antecipar os 18 projetos de construção de contenção de barreiras que já foram protocolados na Prefeitura. Para isso, no entanto, é necessário R$ 25 milhões, um montante que João da Costa pretende conseguir com recursos próprios e ajuda dos governos estadual e federal.

Vítimas

O número de mortos em todo o estado de Pernambuco é de 20 pessoas – 1em Agrestina, 2 em Água Preta, 2 em Barreiros, 1 em Belo Jardim, 1 em Cortês, 1 em Jaboatão dos Guararapes, 9 no Recife, 1 em Vitória de Santo Antão, 1 em Marial e 1 em Gameleira. Além disso, 26.966 pessoas estão desabrigadas, 55, 643 desalojadas.

Os municípios que estão em estado de calamidade pública são: Barreiros , Palmares , Correntes, Cortês, Jaqueira, São Benedito do Sul, Vitória de Santo Antão, Barra de Guabiraba, Água Preta, Catende, Maraial e Primavera.

Ainda se encontram em situação de emergência as cidades de Agrestina, Altinho, Amaraji, Belém de Maria, Bezerros, Bom Conselho, Bonito, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Chã Grande, Escada, Gameleira, Gravatá, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Joaquim Nabuco, Moreno, Nazaré da Mata, Palmeirina, Pombos, Quipapá, Ribeirão, São Joaquim do Monte, Sirinhaém, Tamandaré, Vicência e Xexéu.

Fonte: Diário de Pernambuco