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 Dona do Clarín e filhos fogem sem refazer teste de DNA

Os filhos adotivos da principal acionista do Grupo Clarín, Ernestina Herrera de Noble, Felipe e Marcela, deixaram a Argentina nesta quinta-feira (1), um dia antes do banco nacional de dados genéticos ter confirmado que os dois teriam que refazer o exame de DNA, que poderá mostrar que eles foram roubados de desaparecidos da ditadura militar. As amostras já coletadas não foram suficientes para a confirmação dos dados genéticos.

Há oito anos, organizações defensoras de direitos humanos da Argentina afirmam que os dois foram adotados ilegalmente durante a última ditadura (1976-1983). Na época, era uma prática comum do governo entregar os bebês de mulheres consideradas subversivas a militares ou simpatizantes do regime.

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Após longa disputa judicial, a Suprema Corte da Argentina determinou, no dia 19 de maio deste ano, que Felipe e Marcela fizessem exame para comparar com o DNA de desaparecidos da ditadura. Dias antes das amostras serem entregues, a mãe adotiva foi para o Uruguai e depois para os Estados Unidos, segundo fontes do departamento de imigração de Montevidéu.

O jornalista Eduardo Anguita, diretor do jornal Miradas al Sur e do canal de notícias CN23, foi quem informou que os filhos tinham deixado o país. Pouco depois, a presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, confirmou.

Segundo Anguita, citando fontes do departamento da imigração do Uruguai – para onde Ernestina teria ido após deixar Buenos Aires – Felipe deixou o país três dias após Ernestina, e Marcela horas após a imprensa publicar que o exame precisará ser refeito.

Com Opera Mundi