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CTB festeja nova regra de reajuste do mínimo aprovada na LDO

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, diz que a aprovação na quinta (8), em sessão do Congresso Nacional, do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2011 viabiliza a política de recuperação do salário e vai impactar 40 milhões de trabalhadores. O projeto segue agora para a sanção presidencial.

Num acordo com as centrais sindicais, o senador Tião Viana (PT-AC) estabeleceu no seu substitutivo que o Orçamento do ano que vem deve assegurar recursos para o reajuste do mínimo com ganho real sobre a inflação deste ano.

Os cálculos devem ser feitos a partir de 1º de janeiro. O ganho real também será aplicado para as aposentadorias e pensões do regime geral da Previdência.

Segundo Wagner Gomes, caso a correção tomasse como base a média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 e 2009 e ainda a projeção da inflação deste ano pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), critério usado nos anos anteriores, o reajuste do mínimo estaria comprometido. “É que o PIB em 2009 foi zero”, explica.

“O que foi aprovado ajuda a recuperar o salário mínimo mais depressa. Isso é importante porque ele foi o principal responsável em manter o Brasil durante a crise econômica, uma vez que 40 milhões de brasileiros recebem o mínimo. O reajuste impacta a economia e as empresas passam a produzir mais”, afirmou o presidente da CTB.

Sanção presidencial

O dirigente da CTB diz que agora a expectativa do movimento sindical é que o presidente Lula sancione a LDO mantendo o dispositivo da nova regra de reajuste. No seu entendimento, Lula deverá tratar o assunto com o seu sucessor, o que ele espera ser a presidenciável Dilma Rousseff.

Wagner Gomes diz que o veto ao dispositivo seria uma estreia muito ruim na Presidência. “Caso ocorra isso, do mesmo jeito que falamos bem vamos falar mal nas ruas. Nosso apoio não é irrestrito. Apoiamos um projeto que é pela valorização do salário mínimo”, avisou.

À Agência Senado, Tião Viana disse que o importante é a manutenção de uma política que garanta o salário mínimo um ganho real, o qual também será estendido aos aposentados.

De Brasília,
Iram Alfaia