Nicarágua: entidades celebram 31 anos da Revolução Sandinista

Durante os dias de encontro, os debates estarão relacionados ao tema central "O papel dos movimentos populares, sociais e sindicais na luta pelo poder político". Também serão abordados temas relacionados ao II Encontro de Movimentos Sociais da América Central e Caribe, que deve ser realizado no próximo mês de outubro.

Estão compartilhando este momento, cerca de 80 líderes de movimentos sociais, sindicais e comunitários de esquerda da América Central e do Caribe, assim como membros de movimentos políticos centro-americanos e caribenhos.

Segundo nota de imprensa, além de definir o papel dos movimentos sociais na luta pelo poder político, o encontro se propõe ainda a "fortalecer a articulação e avançar na integração dos movimentos sociais da América Central e Caribe que permita um acionar político mais coerente, e um plano de trabalho conjunto na região".

O evento também está sendo realizado para convocar os movimentos sociais para a realização do ‘II Congresso de Movimentos Sociais’. O primeiro foi realizado em julho de 2009, como parte das atividades em comemoração aos 30 anos da Revolução Popular Sandinista e recebeu cerca de 450 participantes.

No mesmo período em que acontece o Encontro de Líderes dos Movimentos Sociais, Managua também está acolhendo jovens e estudantes da América Latina, que se reúnem para analisar a influência dos movimentos juvenis e estudantis nas transformações sociais do continente. O encontro será encerrado no domingo (18) com um festival de música.

Contexto histórico

19 de julho é lembrado em toda a Nicarágua como o dia em que forças populares conseguiram derrotar mais de 40 anos de ditadura imposta pela família Somoza. A vitória foi fruto da união de diversos setores da sociedade, entre eles trabalhadores, empresários, camponeses, estudantes e guerrilheiros, que se aliaram para derrubar a ditadura militarizada passada do pai, Anastasio Somoza García, para os filhos, Luís Somoza e Anastasio Somoza Debayle.

A revolução tem como principal símbolo o general Augusto C. Sandino que, com um pequeno exército formado por trabalhadores e camponeses, conseguiu vencer as forças militares estadunidenses que ocupavam o país a pretexto de pacificar o território e garantir a paz. O líder foi morto a mando de Somoza e até hoje a localização de seu corpo é desconhecida.

Fonte: Adital