Entidades enviarão relatório à ONU sobre despejos em Teresina
A capital do Piauí, Teresina teve este ano cinco despejos. Uma realidade dura para centenas de famílias. Para evitar esse problema que está prestes a acontecer em cerca de 30 áreas foram realizadas várias ações na última semana.
Publicado 19/07/2010 20:09 | Editado 04/03/2020 17:01
Com base nos dados coletados junto à população afetada e aos órgãos foi realizada dia 15/07 uma audiência pública e como bom resultado dessas atividades ficou acertado que a Defensoria Pública vai criar um setor específico para tratar de áreas de conflitos prestando assessoria jurídica e um despejo que deveria acontecer na Vila Amazônia II foi suspenso.
Um relatório será concluído em 30 dias pela Plataforma Dhesca Brasil e será encaminhado para a ONU, Presidência da República, Ministério das Cidades, Governo do Piauí, Prefeitura de Teresina entre outros órgãos.
O presidente da Famepi, Raimundo Mendes, avalia como positiva a atuação da Plataforma Dhesca. “ Nas visitas aos órgãos públicos fomos solicitar apoio e enfocamos a necessidade de ter bom senso e razoabilidade quando se tratar de áreas de conflitos”, diz.
“É preciso valorizar a dignidade humana, mas o que percebemos é que o direito à propriedade sobrepõe-se ao direito à moradia”, analisa, acrescentando que o Conselho Nacional de Justiça -CNJ expediu um documento em que recomenda aos juízes para não autorizar a reintegração de posse sem observar o direito e a garantia do contraditório. “ É preciso averiguar bem a situação, conhecer os locas e não apenas se basear nas peças dos processos”, comenta.
A Federação das Associações de Moradores do Estado do Piauí – Famepi e a Federação das Associações de Moradores e Conselhos Comunitários do Piauí – FAMCC acompanharam todas as atividades dos relatores da Plataforma Dhesca.
Fonte: Famepi