Intimidação militar de EUA e Coreia do Sul termina 4ª-feira
As maiores manobras militares conjuntas entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul em vários anos tiveram sequência nesta terça-feira (27), em seu terceiro dia consecutivo, apesar das advertências de países da região sobre o perigo que representam.
Publicado 27/07/2010 18:45
No exercício denominado Espírito Invencível, realizado no Mar do Leste (Mar do Japão), participam 20 navios, incluindo o porta aviões estadunidense George Washington, 200 aeronaves e oito mil militares, segundo declarou à mídia um porta-voz do estado maior conjunto sul-coreano.
As operações desta terça-feira concentraram-se na destruição de submarinos e botes semi-submersíveis de alta velocidade, uma frota de embarcações fez disparos com artilharia e lançou bombas anti-submarinos na costa oriental sul-coreana, informou o militar.
As manobras iniciadas no domingo passado se estenderão até amanhã em águas próximas à ilha sul-coreana de Ulleung, a cerca de 120 quilômetros da costa oriental da Península Coreana.
A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) criticou as manobras e assegurou que reforçará seu poder de dissuassão nuclear para responder à crescente ameaça dos Estados Unidos na região.
A RPDC fez em reiteradas ocasiões protestos contra a realização desses exercícios e fez questão de observar que constituem um ensaio para uma eventual invasão do país e são também, além disso, uma grave ameaça para a paz e segurança mundial.
A China também censurou a realização das manobras e expressou seu desagrado com a introdução de equipamento militar de grande escala no mar Amarelo, na parte ocidental da Península Coreana.
As operações ocorrem em meio a fortes tensões geradas na península depois do afundamento em março passado da fragata sul-coreana Cheonan.
Uma equipe de investigadores afirmou que o afundamento da corveta militar de última geração foi provocado por um torpedo norte-coreano, a partir dos restos de um artefato retirado do fundo do oceano no local próximo ao naufrágio. Pyongyang refutou peremptoriamente as acusações.
Da redação, com Prensa Latina