Chico Lopes defende redução de jornada em ato com trabalhadores

Lamarck Guimarães, presidente da Associação dos Administradores do Estado do Ceará, o representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Gabriel Rochinha, o Presidente do Sindicato dos Administradores, Clóvis Matoso, também participaram da mesa. O debate aconteceu no Auditório Central da UECE, no Campus do Itaperi (CE).

Complexidade do Mundo do Trabalho

Chico Lopes salientou a necessidade de se pensar as mudanças que virão com a diminuição da jornada de trabalho, sem prejuízos salariais, numa perspectiva holística, ou seja, numa rede complexa e ampla de benefícios que atinjam toda a vida pessoal, social e cultural dos trabalhadores e trabalhadoras. “Quando se pensa numa Lei dessa natureza, se pensa no círculo positivo que é gerado na sociedade. Circulam mais bens na sociedade, o que gera mais empregos e mais qualidade de vida”, avaliou o Deputado Federal Chico Lopes.

“A questão central é o bem estar dos trabalhadores e das trabalhadoras, além da ampliação do emprego. Isto coloca os trabalhadores diante de uma realidade que põe os patrões em uma nova situação”, disse Chico Lopes, afirmando que foi com o Estado de Bem Estar Social, no século XX, a partir da articulação dos trabalhadores e trabalhadoras nos movimentos sindicais e proletários, que a jornada de trabalho diminuiu para 8 e 10 horas diárias, garantindo mais tempo livre aos trabalhadores e trabalhadoras.

Por mais qualidade de vida

Chico Lopes e o Presidente do Sindicato dos Administradores, Clóvis Matoso, fizeram um histórico das horas que os trabalhadores e trabalhadoras empregam diariamente no mundo inteiro, lembrando que no século XIX as jornadas chegavam a consumir de 12 a 16 horas por dia da vida dos trabalhadores, independente se fossem homens, mulheres, idosos ou crianças. Chico Lopes observou que a discussão em torno da diminuição da jornada de trabalho coloca em foco a questão fundamental do “mundo do capital” em contraponto ao “mundo do trabalho”.

Presidente da Associação dos Administradores de Empresa do Estado do Ceará, Lamarck Guimarães acredita que a redução trará aos trabalhadores mais tempo livre para a família e para os estudos. “A gente acredita que essa redução de 44 para 40 horas não trará prejuízos para as empresas. A lucratividade vai ser muito maior com a qualidade dos serviços”, disse Lamarck Guimarães.

O Projeto de Emenda Constitucional (PEC) da redução da jornada do trabalho já foi aprovado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, em Brasília, e agora espera votação em plenário. “Do que depender da gente, vamos fazer pressão na Câmara para votar essa Lei a favor dos trabalhadores o mais rápido possível”, garantiu o Deputado Federal Chico Lopes.

Da redação local