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TRE-DF rejeita recurso de Roriz e aprova candidatura de Agnelo

O ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF) perdeu mais duas batalhas no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal nesta terça-feira (10). Roriz foi derrotado após recorrer da decisão que cassou sua candidatura ao governo do Distrito Federal.

Agnelo Queiroz

Os advogados de Roriz acreditavam que poderiam suspender os efeitos do julgamento da semana passada, quando a candidatura de Roriz foi barrada com base na Lei da Ficha Limpa por ter renunciado ao mandato de senador em 2007. O relator, juiz Luciano Vasconcellos, não entendeu dessa forma e o plenário foi unânime ao seguir o seu voto.

"O tribunal não precisa examinar todas as teses da defesa para perceber que um possível erro ou má avaliação não se corrige através de embargo de declaração. Rejeito o pedido".

A defesa do ex-governador abandonou o plenário após a decisão afirmando que irá recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Até que o último recurso seja julgado, Roriz pode dar continuidade a sua campanha, participando, inclusive, do horário eleitoral gratuito.

Ao TRE-DF foram apresentados embargos de declaração, com a finalidade de sanar omissões ou dúvidas em decisões do Tribunal. O entendimento foi desfavorável ao ex-governador, que já comandou o Executivo no DF em quatro mandatos.

A negativa ao registro foi tomada a partir de impugnação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral, o Psol e o candidato a distrital pelo PV Júlio Cárdia. A renúncia de Roriz ao cargo de senador, em 2007, para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar, foi a alegação para as impugnações, uma vez que a situação está prevista na Lei da Ficha Limpa como passível de inelegibilidade.

O MPE também apontou uma pendência com a Justiça Eleitoral, pelo não pagamento de uma multa de R$ 5 mil por propaganda antecipada.

Agnelo tem candidatura aprovada

Na segunda derrota de Roriz, o pedido de impugnação da candidatura do petista Agnelo Queiroz foi recusado por unanimidade pelo TRE-DF. Pedida pelo PTdoB, legenda nanica aliada a Roriz, a ação sustentava que Agnelo tinha problemas com sua prestação de contas quando foi ministro dos Esportes. Porém, tanto o Tribunal de Contas da União quanto o procurador-geral eleitoral do DF, Renato Brill, já haviam atestado que nada pesava contra Agnelo.

O coordenador jurídico da campanha de Agnelo, Luís Carlos Alcoforad, também sustentou que não há qualquer prova de que o petista tenha cometido qualquer crime.

"O PTdoB vem a este tribunal sustentar uma tese criada em mentiras misturado a fatos jornalísticos. Não há processo administrativo e não há processo judicial sobre os quais se possa dizer que Agnelo tenha cometido ilícito. Se o partido tivesse o respeito de verificar, teria visto que não qualquer ato de censura", disse o advogado.

Na última pesquisa Ibope para o governo do DF, registrada no TSE com o número 20796/2010, Roriz aparecia 11 pontos à frente de Agnelo, com 38% de intenções de voto contra 27% do petista.

Com agências