Nunca se discutiu tanto a violência contra a mulher
No último ano, o número de denúncias de mulheres que sofrem agressão cresceu 112%. Mesmo assim, sete de cada dez mulheres agredidas continuam a viver com os seus agressores. Entre os crimes praticados contra elas estão: violência física, moral, sexual e até psicológica. O programa 3 a 1, da TV Brasil, desta quarta-feira (11) discute a violência contra a mulher e os quatro anos da Lei Maria da Penha.
Publicado 11/08/2010 15:11
O programa vai ouvir especialistas no assunto para saber o que está mudando nas políticas de governo e no comportamento da sociedade. A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, uma das convidadas, disse que “nunca se discutiu tanto a violência contra a mulher como depois da Lei Maria da Penha”.
As outras participantes do Programa são a advogada Milena Calazans, integrante do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) e a biofarmacêutica Maria da Penha, que dá nome à lei sancionada em 7 de agosto de 2006 de combate à violência doméstica.
Maria da Penha lutou para que seu agressor, o colombiano Marco Antonio Heredia, fosse condenado pelas tentativas de assassinato. O ex-marido, professor universitário, tentou matá-la duas vezes. Por conta das agressões sofridas, Maria da Penha ficou paraplégica. Hoje, ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres. “Muitas mulheres me param na rua e falam: se não fosse sua lei eu estaria morta hoje”, diz a farmacêutica.
“Há uma necessidade de campanhas de prevenção e de enfrentamento da violência contra a mulher”, diz a advogada do Cfemea. Segundo ela, uma pesquisa feita pelo Ibope com o Instituto Patrícia Galvão mostra que a mulher não denuncia por três motivos: primeiro, por dependência econômica; segundo, por preocupação com os filhos; e, em terceiro, por medo.”
Com informações da TV Brasil