Sem categoria

Foro de São Paulo reclama fim do bloqueio contra Cuba

Buenos Aires, 19 ago (Prensa Latina) O XVI Encontro do Foro de São Paulo (FSP) ficou oficialmente instalado hoje aqui em uma cerimônia que escutou um apelo reiterado pelo fim do bloqueio econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos contra Cuba.

Uma mensagem de boas-vindas aos participantes, subscrito por todos os partidos políticos argentinos envolvidos na organização do conclave, também abordou o tema do cerco norte-americano, que já se estende por quase 50 anos.

O texto demanda pôr fim ao prolongado bloqueio e exige também pôr em liberdade os cinco lutadores antiterroristas cubanos injustamente encerrados em cárceres estadunidenses desde 1998.

Integração

As boas-vindas destacam por outra parte o processo crescente de união e integração latino-americana e caribenha e o papel desempenhado por organizações como a Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), a União de Nações Sul-americanas (Unasul) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul).

Salientam que a América do Sul vive momentos históricos e inéditos e adverte sobre a ameaça para a paz e estabilidade da região proveniente do agressivo e acelerado deslocamento militar dos Estados Unidos.

O golpe de Estado perpetrado em junho do ano passado contra o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, e os resultados das ilegítimas eleições realizadas nesse país centro-americano, também foram condenados pelo Foro.

Ação mais cruel no continente

Presente à cerimônia de abertura do XVI Encontro do FSP, Zelaya retomou em sua intervenção o tema do bloqueio norte-americano contra Cuba e demandou "que termine a ação imperialista mais cruel no continente americano".

O deposto mandatário defendeu também a retirada de todas as bases militares estrangeiras na região; felicitou o restabelecimento das relações diplomáticas entre Venezuela e Colômbia, e pediu que se restabeleça a democracia em Honduras.

“Exijo o regresso a meu país com plenas garantias”, afirmou Zelaya, assinalando que "tenho uma missão que cumprir. Não estamos vencidos”, sustentou, reiterando sua disposição de manter a luta até o final.

Homenagens

Na cerimônia de inauguração interveio, em nome dos convidados de outras áreas geográficas, o representante do Partido Comunista Chinês, Tien Yung, que manifestou a disposição de intensificar o intercâmbio e a colaboração.

Além disto, foram rendidas homenagem póstumas à lutadora independentista porto-riquenha Lolita Lebrón; ao ex secretário geral do Partido Comunista do Chile, Luis Corvalán, e ao general Alberto Muller Rojas, fundador do Partido Socialista Unido de Venezuela.

Fonte: Prensa Latina