Estudantes goianos reividicam a retomada do Castelinho

Mobilizados pela UGES, estudantes saíram em passeata pelas ruas de Goiânia. A manifestação finalizou no Castelinho – antigo prédio destinado às entidades estudantis, onde estudantes continuam acampados pedindo a retomada da antiga sede.

Presidente da UGES, Diego Alves mobilizando os manifestantes

Mais de dois mil estudantes secundaristas de 17 escolas públicas se reuniram na manhã desta quarta-feira (25) para reivindicar mais qualidade de ensino e celebrar o mês do estudante.

Eles caminharam da Praça Cívica até o Lago das Rosas, no Setor Oeste, e solicitaram da prefeitura de Goiânia, o prédio – Castelinho, que era a base da União Goiana dos Estudantes Secundaristas (UGES).

“Queremos mais acesso ao teatro, cultura e esporte. Vamos dar uma aula para a sociedade”, afirma o estudante e presidente da Uges, Diego Alves. O ex-presidente da União, entre 1962 e 1963, João Roosevelt, afirma que o local servia no passado, desde 1959, de dormitório para estudantes do interior e também oferecia atendimento médico e odontológico.

Durante a movimentação, os estudantes entraram no prédio reformado de forma pacífica. “Vejo com orgulho os estudantes readiquirirem o que é seu”, fala João. Para o vereador e candidato a deputado Fábio Tokarski, o movimento estudantil é a soma da irreverência dos estudantes, que lutaram pelo fim da didatura, pelas Direta Já e no movimento Fora Collor. “O estudante conscientizado não é manipulado por ninguém”, afirma.

O diretor da UBES, UJS e ex-dirigente da UGES, Horário José afirma que através da mobilização do movimento estudantil o jovem se torna mais consciente. Para a estudante do Instituto de Educação de Goiás (IEG), Sidiana Soares, 16, os estudantes devem mesmo ir para a rua e reivindicar o que é de direito. “Nossa escola tem 81 anos e a ultima reforma foi há 15 anos”, ressalta.

O vice-diretor do Colégio Guanabara, professor Kirsu afirma que essa caminhada foi o inicio da movimentação dos estudantes que já começarama a reivindicar o passe livre, a falta de tecnologia. “A luta do professor em prol da educação é solitária, agora os alunos vão se unir”, fala.

Retomada do Castelinho

Há três dias os estudantes continuam mobilizados na tentativa de retomar a sede do movimento estudantil. Desde quarta-feira eles estão acampados na sede, organizando debates, atividades culturais e esportivas na tentativa de retomar o Castelinho.

Segundo Diego Alves, presidente da UGES, haverá na segunda-feira (30) uma conversa com o Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia no intuito de negociar a devolução do prédio para a entidade estudantil.

Texto: Cejane Pupulin e Eliz Brandão

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