Candidatos do PCdoB saem às ruas e disputam Assembleias estaduais
A um mês das eleições de 3 de outubro, centenas de candidatos do PCdoB que disputam vagas nas Assembleias Legislativas estaduais intensificam suas campanhas nas ruas de todo país. Tudo para apresentar suas propostas e concretizar o desafio de eleger uma ampla bancada de deputados comunistas.
Publicado 03/09/2010 15:29
Além de defenderem a eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República, os candidatos do PCdoB reforçam a necessidade de que as conquistas alcançadas durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam levadas a todos os estados brasileiros.
Dessa maneira, a participação do PCdoB nas eleições deste ano é marcada pelo objetivo de eleger uma base de apoio representativa nos Poderes Legislativos estaduais.
Em entrevista ao Vermelho, dirigentes do partido nos três maiores colégios eleitorais brasileiros — São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro — falaram sobre as perspectivas das campanhas deste ano.
São Paulo
Segundo a presidente do PCdoB-SP, Nádia Campeão, o partido disputa vagas à Assembleia Legislativa paulista com uma chapa própria (sem coligação) formada por 80 candidatos. Ela diz que as perspectivas indicam a possibilidade de eleger até três deputados.
“Temos bons candidatos em cidades de grande porte como Campinas, Sorocaba, Americana, São Caetano, Santos e São José do Rio Preto”, afirma Nádia. “Na capital, temos a candidatura da Leci Brandão e a do Alcides Amazonas — que são as duas com maior evidência. Na região de Jundiaí, temos a candidatura do Pedro Bigardi, que já exerceu o mandato de deputado na Assembleia pelo PCdoB”.
Nádia explica que as bandeiras defendidas pelos candidatos comunistas são variadas. “São candidaturas voltadas para realidades e perfis específicos. Existem, por exemplo, candidaturas voltadas para o esporte, para a cultura e para as necessidades da própria região que elas representam.”
De forma mais ampla, os candidatos defendem bandeiras unificadoras que representam as propostas da frente de oposição ao governo do estado — que tem 30,3 milhões de eleitores e 94 vagas na Assembleia Legislativa. O PCdoB propõe, entre outras coisas, o desenvolvimento de São Paulo no mesmo ritmo do Brasil, o enfrentamento dos problemas com educação e segurança e a ampliação do direito de esporte e cultura.
“É em torno disso também que os nossos candidatos fazem o seu discurso. Mas as candidaturas estaduais, necessariamente, têm bandeiras mais localizadas”, completa Nádia.
Minas Gerais
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, com 14,5 milhões de eleitores, a campanha dos candidatos comunistas às vagas na Assembleia Legislativa também estão concentradas nas atividades de rua. É o que afirma o secretário estadual de Organização do PCdoB-MG, Richard Ferreira Romano.
“A campanha em Minas tem uma característica muito particular do corpo a corpo com os eleitores”, diz ele. “Nossos candidatos têm a tradição de ir para as portas das fábricas e escolas.”
O partido também disputa o pleito mineiro com uma chapa própria composta por 59 candidatos — quase o dobro de candidatos da eleição de 2006. Segundo Richard, o PCdoB tem a meta de eleger dois deputados em Minas Gerais. “Estamos fazendo uma boa campanha, com um volume maior do que a eleição passada. Trabalhamos pela reeleição do nosso deputado, Carlin Moura, e pela eleição de uma nova liderança.”
Richard também explicou que as candidaturas comunistas têm forte vínculo com as campanhas de Dilma e Hélio Costa, candidato ao governo do estado. “Minas precisa seguir os rumos do Brasil. O estado perdeu muito durante os oito anos do governo tucano de Aécio Neves. Precisamos seguir a mesma linha de desenvolvimento econômico e social do restante do país.”
Rio de Janeiro
Já o secretário de Organização do PCdoB-RJ, Uirtz Servulo da Silva, afirma que o partido tem a expectativa de eleger três representantes para a Assembleia Legislativa fluminense. Segundo Uirtz, a chapa estadual é formada por 87 candidatos – 53 da capital e 34 do interior.
“Nossos candidatos são lideranças que têm grande potencial. Trabalhamos sobretudo para a reeleição do deputado Fernando Gusmão, que é um forte candidato em função de sua atuação na Assembleia”, afirma o dirigente.
Ele explica que o Rio de Janeiro vive atualmente um momento particular de grandes investimentos e que as candidaturas estaduais se sustentam na continuidade desse processo de desenvolvimento. Grandes iniciativas — como a construção da nova refinaria de petróleo em Porto do Açu, a retomada do setor naval, a descoberta do pré-sal e os investimentos em segurança através das unidades pacificadoras — mostram que o estado está no caminho certo.
“O Rio é um dos estados com a menor taxa de desemprego do país. Além disso, a realização da Olimpíada e da Copa do Mundo também tem gerado bastante otimismo no estado”, avalia Uirtz. “Tudo isso reflete um campo favorável, tanto para a reeleição do governador Sérgio Cabral, como para o fortalecimento de nossa bancada na Assembleia.”
Da redação,
Mariana Viel