José de Freitas Uchoa – Um erro do senador Tasso

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Do alto de sua indisfarçável prepotência, o senador Tasso Jereissati se mete a fazer observações infundadas sobre a economia do Estado e acusa o governo Cid de “enganar o povo do Ceará” e que “tudo está parado no Ceará". Para contestar, apresento dados sobre o mercado de trabalho formal do Estado, que é o melhor termômetro da atividade econômica, no período janeiro/1995 – julho/2010.

Os postos de trabalho com carteira assinada, gerados no governo Tasso, no período de 1995–1998, sofreram uma redução de 12.112 unidades; no período 1999–2002, atingiram 71.403; no governo Lúcio, 2003–2006, chegaram a 113.934 e, no governo Cid, de janeiro/2007 a julho/2010, 183.715 empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

O número de empregos no governo Cid é 61,25% superior ao governo Lúcio e 157,29% maior que o saldo do governo Tasso, no segundo mandato. No primeiro, Tasso deixou o governo com 12.112 empregos a menos. A atividade de serviços, maior empregadora da economia cearense, gerou 61.981 postos de trabalho, contra 33.937 no governo Tasso. Na indústria, foram 51.237 empregos no governo Cid, contra 23.330 na era Tasso.

Sobre a matéria “Cálculo Proporcional”, onde se diz que, proporcionalmente, o governo Tasso gerou mais empregos que o governo Cid é, a rigor, um completo equívoco. Na verdade, o índice 3,93%, alcançado pela parcela estadual (71.403 empregos) do total de empregos do País, no governo Tasso, decorreu do fato de o nível de emprego nacional ter sido muito baixo, por conta da recessão.

Já no governo Cid, a história é bem outra: a parcela 3,21% de empregos do País se reporta a uma economia em expansão desde 2003 e, por isto, o saldo de 183.715 postos de trabalho em julho de 2010 com expectativa de crescimento.

José de Freitas Uchoa é Economista e secretário de Desesenvolvimento Econômico de Fortaleza

Fonte: Jornal O Povo

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