Eleições para o Senado deslocam de SP para MG eixo da oposição

De acordo com a última pesquisa Datafolha, se eleição fosse hoje, os três senadores por São Paulo seriam base do governo Dilma. Mineiros e goianos estariam na oposição.

Berço do PSDB, São Paulo, com a saída de Orestes Quércia (PMDB) da disputa para tratar de um câncer, não deverá ter senadores oposicionistas na bancada caso se confirme um eventual governo Dilma. De acordo com a última pesquisa do Datafolha, a bancada paulista será formada por dois petistas que já foram marido e mulher – Eduardo e Marta Suplicy – e complementada pelo cantor de pagode e vereador Netinho de Paula (PCdoB), que hoje lidera a pesquisa.

Essa derrocada paulista aponta para Minas Gerais como novo eixo de liderança da oposição ao governo. Ali, Aécio Neves (PSDB) segue com folga para se eleger senador. E puxa com ele o ex-presidente Itamar Franco, que deverá ser o único senador do PPS. A bancada se completa com Elizeu Rezende (DEM), que permanecerá por mais quatro anos.

Outra indicação da possibilidade de deslocamento do eixo de liderança da oposição para fora de São Paulo é o bom desempenho de Tasso Jereissati (PSDB) no Ceará. E a formação de um enclave oposicionista – confirmadas as últimas pesquisas – em Goiás, com os tucanos Marconi Perillo e Lúcia Vânia e o demista Demóstenes Torres. Entretando, Goiás não conta com a forte liderança oposicionista de Aécio, que deverá ser o grande nome da oposição após o isolamento para o quel caminha José Serra dentro da direita brasileira.

Da redação, com informações Congresso em Foco