Filha de Serra acha precipitado dizer que violação foi política 

Na PF, filha e genro do tucano negaram que tenham autorizado acesso na Receita. Segundo o advogado do casal, Sérgio Rosenthal, "É muito difícil dizer que se trata de um crime político."

Após uma hora de depoimento na superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Verônica Serra – filha do candidato à Presidência, José Serra (PSDB) – e seu marido, Alexandre Bougeois, voltaram a afirmar que não assinaram qualquer procuração para que o contador Antônio Carlos Atella Ferreira acessasse os dados fiscais dos dois. A violação foi feita nas agências da Receita Federal em Santo André e Mauá, cidades do Grande ABC. Segundo o advogado do casal, Sérgio Rosenthal, ainda é cedo para dizer que o crime tenha motivação política. Rosenthal afirmou que os depoimentos serviram basicamente para formalizar no processo que Alexandre e Mônica “foram vítimas de um crime”.

"Ambos jamais outorgaram uma procuração e […] as assinaturas são falsas." Ele disse esperar que Atella seja “responsabilizado” pelo crime e acabe indiciado. "Tenho convicção de que ele será indiciado ao menos por uso de documento falso."

O advogado disse ainda que “parece possível que haja conotação política” no fato de a violação ter atingido a filha, o genro e outras pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, mas que ainda “parece precipitado” afirmar isso.

Da redação, com R7