Filha de Serra acha precipitado dizer que violação foi política
Na PF, filha e genro do tucano negaram que tenham autorizado acesso na Receita. Segundo o advogado do casal, Sérgio Rosenthal, "É muito difícil dizer que se trata de um crime político."
Publicado 15/09/2010 15:44 | Editado 04/03/2020 17:18
Após uma hora de depoimento na superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Verônica Serra – filha do candidato à Presidência, José Serra (PSDB) – e seu marido, Alexandre Bougeois, voltaram a afirmar que não assinaram qualquer procuração para que o contador Antônio Carlos Atella Ferreira acessasse os dados fiscais dos dois. A violação foi feita nas agências da Receita Federal em Santo André e Mauá, cidades do Grande ABC. Segundo o advogado do casal, Sérgio Rosenthal, ainda é cedo para dizer que o crime tenha motivação política. Rosenthal afirmou que os depoimentos serviram basicamente para formalizar no processo que Alexandre e Mônica “foram vítimas de um crime”.
"Ambos jamais outorgaram uma procuração e […] as assinaturas são falsas." Ele disse esperar que Atella seja “responsabilizado” pelo crime e acabe indiciado. "Tenho convicção de que ele será indiciado ao menos por uso de documento falso."
O advogado disse ainda que “parece possível que haja conotação política” no fato de a violação ter atingido a filha, o genro e outras pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, mas que ainda “parece precipitado” afirmar isso.
Da redação, com R7