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ONU aponta provas para processar Israel por ataque a flotilha

Existem provas para iniciar um processo contra Israel pela abordagem da Flotilha da Liberdade, que viajava em viagem humanitária em direção a Gaza, pela Marinha israelense no final de maio, conforme conclusão da missão de investigação do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

"Há provas claras que permitem iniciar um processo pelos seguintes crimes (…): homicídio intencional, tortura ou tratamentos desumanos, intenção de causar graves sofrimentos ou graves ferimentos", indicam o relatório final da missão de investigação do organismo divulgado nesta quarta-feira (22) e que na segunda-feira será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos.

"Os autores dos crimes mais graves, por terem agido mascarados, não podem ser identificados sem a ajuda das autoridades israelenses", destacam, pedindo ao governo de Israel que coopere para permitir sua identificação para processar os culpados.

No dia 2 de junho, o Conselho de Direitos Humanos havia votado uma resolução aprovando a criação de uma comissão internacional independente destinada a examinar o ataque das forças de ocupação israelense contra o comboio humanitário de barcos no dia 31 de maio, que provocou o assassinato de nove integrantes da flotilha.

Para os especialistas da ONU as circunstâncias dos assassinatos de pelo menos seis passageiros correspondem, de certa forma, a uma execução extrajudicial, arbitrária e sumária.

"A conduta das Forças Armadas de Israel revela um nível inaceitável de brutalidade" e se traduz em "graves violações dos Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário" segundo estabelece o relatório final da missão de investigação.

Os especialistas ouviram depoimentos na Turquia, Jordânia, Genebra e Londres, já que Israel não autorizou a investigação das suas forças armadas por representantes da missão no país.

Da redação, com agências