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Capitalismo discrimina mulher para aumentar exploração e lucros

Pesquisa realizada pela Catho Online, considerado o maior sítio de emprego na América Latina, indica que a diferença de salários entre homens e mulheres que exercem a mesma função chega a 51% em função da discriminação sexual. Mesmo com pós-graduação, a disparidade é gritante.

O levantamento envolveu 164 mil entrevistas e 20 mil empresas no país. Na comparação entre sexos ocupando o mesmo cargo, a pesquisa aponta que os homens ganham mais que as mulheres em todos os níveis, com destaque para a gerência, onde recebem, em média, 51,6% a mais que as mulheres, seguido do operacional (50,7% mais) e técnico (37,5% mais).

No cargo de direção, a diferença chega a 35,5% a favor do homem e, no cargo de supervisão, de 32,2%. Apesar de ainda ganharem menos que os homens, as mulheres são mais educadas: 63,7% têm ensino superior — 44,2% são graduadas e 19,5% pós-graduadas. No caso dos homens o percentual é de 55,3% –38% com graduação e 17,3% com pós.

'Mesmo as mulheres se preparando tão bem para o mercado de trabalho, elas ainda possuem salários menores. Observamos grandes diferenças salariais tanto para cargos operacionais como gerenciais, ou seja, as diferenças ainda ocorrem de forma expressiva em vários níveis hierárquicos', aponta Silvana Di Marco, gerente da Pesquisa Salarial.

A discriminação é usada pelos capitalistas para aumentar o grau de exploração da força de trabalho e dividir a classe trabalhadora. Como as mulheres, negros e jovens também sofrem os efeitos da discriminação na forma de baixos salários e empregos mais precários. Em países mais ricos, como os Estados Unidos e França, entre outros, além das mulheres, jovens e negros, também os imigrantes estrangeiros são submetidos a uma crescente discriminação, que se revela funcional para o capital na medida em que propicia um aumento dos lucros via redução do custo da mão de obra. Por esta razão, o capitalismo estimula a discriminação.

Da redação, com agências