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Americanos têm poucas opções para eleições de novembro

Os eleitores estadunidenses veem-se diante de limitadas opções para as eleições de novembro próximo e as pesquisas ratificam o repúdio tanto a candidatos democratas como a republicanos.

Por Luis Beaton, para a agência Prensa Latina

A poucas semanas das eleições de meio termo para escolher os membros da Câmara dos Representantes, um terço do Senado e vários governadores de Estado no país, entre outros cargos, a alternativa para muitos é a abstenção.

Embora algumas pesquisas apontem vantagem republicana na tentativa de recuperar a maioria na Câmara e diminuir a diferença no Senado, os que decidirão a batalha eleitoral nas urnas enxergam o trabalho dos dois partidos hegemônicos como tedioso e repugnante.

Nos Estados Unidos é tradicional que os dirigentes estejam em desvantagem no prélio eleitoral, ao se tornarem vítimas do desgaste do governo, sobretudo em momentos de crise.

Os democratas, por exemplo, são desafiados por um desemprego de cerca de 10% e os efeitos recessivos da maior crise econômica que, mesmo que herdada, eles devem solucionar e segundo o próprio governo, não há uma saída à vista, a curto prazo.

Uma pesquisa da empresa GfK Roper Public Affairs & Corporate Communications mostrou que 68% dos entrevistados não aprovam o desempenho dos republicanos. A balança não parece se inclinar para lado algum. A insatisfação pelo trabalho do partido governante no manejo da economia chega a 59%, enquanto que 64% dos americanos censuram a oposição republicana em relação ao tema.

Chama a atenção que a maioria das pessoas inquiridas culpa mais o ex-presidente George W. Bush que seu sucessor Barack Obama pela recessão econômica, uma lembrança que pode pesar na ofensiva levantada pelos republicanos nas últimas semanas.

Ao enfocar a situação eleitoral em casos concretos, por exemplo o da Flórida, o voto independente favorece por uma margem de 16% a candidata democrata Alex Sink sobre o republicano Rick Scout para o cargo de governador do Estado.

Ao mesmo tempo, na Califórnia, o democrata Jerry Brown supera a republicana Meg Whitman por 43% contra 40% entre os latinos para a mesma posição, de acordo com o Instituto Field.

Neste estado, governado pelos republicanos, o fator financeiro pode ser determinante. Meg, uma rica empresária, colocou US$ 115 milhões de sua fortuna em função da campanha.

Em resumo, pesquisas e comentaristas políticos divergem na hora de assinalar os vencedores da eleição de novembro, embora as tendências indiquem que os republicanos receberão uma grande parte dos votos, permitindo que retomem o Congresso.

Fonte: Prensa Latina