PCdoB é o quarto partido em votação para o Senado

O PCdoB acumulou 12.561.716 votos, o que corresponde a 7,37% do total nacional. O PT teve mais de 39,4 milhões (23,12%); o PSDB, 30 milhões (18,13%) e o PMDB, 23,9 milhões (14,08%). Abaixo do partido, o DEM teve 1,2 milhões (6%), o PP, 9,1 milhões (5,38%) e o PTB 7,9 milhões (4,69%) (veja quadro completo no final da matéria).

Ainda que a maioria dos candidatos do partido não tenha atingido voto suficiente para ocupar uma cadeira, os resultados projetam lideranças proeminentes que podem, em breve, ocupar posições-chave em seus estados ou mesmo em nível nacional. Dentre os nomes lançados pelo partido, Vanessa Grazziotin, no Amazonas, conquistou a segunda vaga ao Senado, depois de uma disputa acirrada com o conservador tucano Artur Virgílio. Ela atingiu 22,89% do total, o que corresponde a 672.920 votos.

Do ponto de vista percentual, o segundo mais votado do partido foi Netinho de Paula, em São Paulo, que terminou em terceiro no estado. No entanto, foi o que obteve a melhor votação em termos absolutos entre os candidatos do partido: 7,7 milhões de votos, o que corresponde a 21,14% do total no estado. Edvaldo Magalhães chegou a 19,17% do total, acumulando 123.806 votos no Acre, o que lhe deu a terceira posição.

Três das maiores surpresas do partido estão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em Minas Gerais. A gaúcha Abgail Pereira, que chegou a ter cerca de 1% em agosto, segundo o Ibope, cresceu rapidamente e terminou as eleições com 1,5 milhão de votos, 13,47% do total, sendo a segunda mais votada do partido em termos absolutos; no estado, ela ficou em quarto lugar. No estado vizinho, 563.173 catarinenses votaram em João Ghizoni, o que fez com que ele tivesse 8,98% dos votos e ficasse em quinto lugar. O mineiro Zito Vieira, por sua vez, acumulou 1,4 milhão de votos, o que corresponde a 7,76% do total, ficando na quarta posição em seu estado.

Eduardo Bomfim, que chegou à quarta posição em Alagoas, também teve boa votação, com 138.710 votos (5,51%), bem como Professor Adonilson, no Maranhão, que chegou a 226.059 votos (4,35%). Sávio Hackradt encerrou sua participação nestas eleições com 25.783 votos (0,87%) no Rio Grande do Norte.

Segundo Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, em análise feita logo após as eleições, o PCdoB “foi capaz de lançar lideranças que mostraram sua força e que são alternativas reais em seus estados”. Já na avaliação do secretário nacional de Organização, Walter Sorrentino, em artigo recente, “são satisfatórios os resultados do PCdoB de 2010”, que “apontam para uma acumulação progressiva, além de permitir crescimentos exponenciais no futuro”. José Reinaldo Carvalho, secretário de Comunicação, segue na mesma direção e acrescenta: “o PCdoB tem o sentimento do dever cumprido e se sente credenciado para enfrentar novos e maiores desafios”.

A avaliação global do primeiro turno das eleições, bem como os encaminhamentos para o segundo, estará em pauta nesta sexta-feira, 8, quando a Comissão Política Nacional do PCdoB se reunirá em São Paulo, na sede do Comitê Central. 

Da redação