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Fundadora das Avós da Praça de Maio será ouvida sobre ditadura

A argentina María Isabel Chorobik de Mariani, uma das fundadoras e ex-presidente da organização de direitos humanos Avós da Praça de Maio, irá depor na próxima terça-feira (12) em um processo sobre o roubo de filhos de desaparecidos durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

O julgamento oral e público deveria ter começado no mês passado, mas foi adiado até março de 2011. Contudo, o tribunal aceitou antecipar a abertura do processo para ouvir Mariani, de 86 anos, devido ao seu estágio avançado de idade.

O principal acusado no caso é Jorge Rafael Videla, que comandou o golpe de Estado contra a viúva de Juan Domingo Perón, María Estela Martínez, em 1976, e se tornou o primeiro presidente da Junta Militar, detentora do poder, permanecendo no posto até 1981.

Mariani vai participar por meio de uma videoconferência de Córdoba, centro do país, e deverá falar sobre a morte de seu filho Daniel Enrique Mariani e sua nora, Diana Teruggi, além do desaparecimento da neta Clara Anahí.

O processo pelo desaparecimento sistemático de crianças durante o regime foi iniciado há 15 anos e, além de Videla, também são réus diversos membros da cúpula militar da época.

Até o momento, por meio das Avós da Praça de Maio, foram recuperados mais de 100 netos. A entidade calcula que ainda falta localizar cerca de 400 pessoas.

Fonte: Ansa