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Lula: Em guerra cambial, é preciso preservar indústria nacional

Ao receber, nesta sexta (22), integrantes da indústria de brinquedos, que enfrenta forte concorrência dos produtos chineses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, na atual guerra cambial, o Brasil é defensor do livre comércio, desde que a indústria nacional não seja prejudicada.

“Somos defensores do livre comércio, não queremos criar obstáculos para a importação, não se trata disso. Trata-se apenas que esse livre comércio funcione bem até que as empresas brasileiras não sejam prejudicadas por um tratamento desigual, sobretudo quando se constata que há uma certa guerra cambial no mundo”, afirmou.

O presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista, queixou-se da concorrência chinesa ao falar com jornalistas após o encontro com Lula e afirmou que, apesar disso, a indústria brasileira de brinquedos conseguiu prosperar.

“Estamos há alguns anos sem fechar fábricas, a produção local continua firme. De 2003 até esse mês de outubro, os 206 fabricantes e seus 26 mil funcionários completaram a fabricação do brinquedo de número 1 bilhão”, disse Synésio.

O presidente da Abrinq afirmou que a indústria de brinquedos resistiu à ditadura militar e atravessou diferentes políticas econômicas. Na sequência, ao discursar, Lula criticou os planos econômicos dos governos dos ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney.

“Finalmente encontramos um jeito de governar o Brasil sem o academicismo das teses colocadas em prática, sobretudo na área econômica e, quando fracassavam as teses, os prejuízos ficavam por conta daqueles que não tinham nada a ver com as teses. Até hoje, pagamos prejuízos do Plano Collor, do Plano Verão, Plano Bresser. As pessoas vão inventando planos e, na hora que vem a conta, quem inventou já não está mais no governo”, disse Lula.

A visita dos fabricantes de brinquedos ocorreu para comemorar a marca de 1 bilhão de unidades produzidas no país, ocasião em que o presidente foi presenteado com um carrinho.

Segundo o presidente da Abrinq, o setor teve, neste ano, o melhor Dia das Crianças, com um crescimento de 9% nas vendas em relação ao ano anterior. A expectativa é de que o próximo Natal também supere as vendas do mesmo período do ano passado.

Fonte: Agência Brasil