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Chávez: Venezuela terá o seu primeiro reator nuclear

A Venezuela terá o seu primeiro reator nuclear, disse hoje o presidente Hugo Chávez, pautando a necessidade do país estudar tudo sobre o assunto.

É uma energia altamente lucrativa, capaz de operar durante todo o ano, e que permite obter benefícios para o meio ambiente, na agricultura, alimentação, hidrologia e em medicamentos para tratamento do câncer, disse Chávez em programa especial transmitido em cadeia nacional.

Segundo o presidente venezuelano, 33% da energia utilizada na Europa é nuclear, e é usada de maneira limpa, não há emissão de gás carbônico (CO2) e nem de gases que causam o aquecimento global.

No mundo, disse, existem 436 reatores nucleares que atualmente produzem 17% da eletricidade global. A eles se somam 56 unidades que estão em construção e outras já planejadas.

Rumores da oposição

O chefe de Estado criticou setores da oposição pelos rumores que geraram sobre o assunto e ressaltou que não pretende chegar a nenhum acordo com a burguesia venezuelana.

Entre as acusações feitas pela oposição citou algumas que destacam que há dinheiro para jogar na energia nuclear, quando nem mesmo a situação do serviço elétrico se estabilizou.

Após a controvérsia criada em relação a essa questão, apelou à criação de uma cátedra para estudar a questão e levá-lo até mesmo às crianças.

Em um breve discurso, o engenheiro Alberto Urdaneta afirmou que a energia nuclear é o desenvolvimento mais significativo da humanidade nos últimos anos e, por isso, importantes acordos foram assinados com a Rússia neste setor.

O especialista disse que a construção de reatores permitirá ao país poupar petróleo.

Dívida externa

Retomando sua explanação, o presidente lembrou que as antigas refinarias, pertencentes à Alemanha e aos Estados Unidos, não deixaram dividendos para a Venezuela, e acusou a quarta república desses males que só aumentaram a dívida externa do país.

Agora, no entanto, os recentes acordos com a Rússia, Ucrânia e Bielorrússia permitirão trazer petróleo da Faixa do Orinoco, construir um gasoduto, um complexo industrial na área, e garantir a presença da Venezuela no Mar Negro, no Báltico e no Mediterrâneo disse ele.

Fonte: Prensa Latina
Tradução: Luana Bonone