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Sindicatos franceses resistem e mantêm protestos contra reformas

Os sindicatos franceses mantêm a mobilização para a jornada de protesto nesta quinta-feira (28) contra a reforma do sistema de pensões, mesmo depois da aprovação definitiva do projeto do presidente Nicolas Sarkozy.

Apesar da adoção do novo regime pelas duas câmaras do Parlamento – o Senado e a Assembleia Nacional -, os sindicatos mantêm a jornada de mobilização nacional, a sétima em menos de dois meses, contra uma reforma que consideram “ineficaz e injusta”.

As novas normas prevêem o aumento da idade mínima para a aposentadoria de 60 para 62 anos e da idade para a reforma plena dos 65 para os 67 anos.

A jornada de protestos e greves afetará o tráfego no espaço aéreo francês e a Direcção-geral da Aviação Civil francesa (DGAC) anunciou na quarta-feira que pediu às companhias aéreas o cancelamento de metade dos voos do aeroporto de Paris-Orly e de 30% dos voos nos outros aeroportos franceses.

A nova jornada nacional de greves prejudica nesta quinta o transporte aéreo e ferroviário no país. Os voos internacionais tiveram uma redução de 30 a 50% por causa da paralisação dos controladores de voo, e os serviços ferroviários também foram reduzidos à metade.

Os sindicatos franceses marcaram uma greve geral para o dia 6 de novembro. Várias passeatas estão programadas para esta quinta-feira, incluindo em Paris.

O dirigente da central sindical Force Ouvrière,Jean-Claudi Mailly, afirmou que apesar de a lei da reforma ainda não ter sido sancionada por Sarkozy. "Isso deixará profundas cicatrizes", afirmou.

Paralelamente, uma greve de portuários no terminal petrolífero de Fos-Lavéra (sul), que já dura um mês, impede a chegada de petróleo bruto a várias refinarias.

Da redação com agências